Padres brasileiros nas eleições municipais contra a vontade dos seus Bispos

As eleições municipais de 2008, no Brasil, deverão contar com vários padres católicos entre os candidatos, apesar das indicações em contrário dadas pela Conferência Episcopal Brasileira (CNBB). Seguindo as orientações do Vaticano, a CNBB recordou no início deste mês “a proibição dos padres de participarem na política partidária, sobretudo, da disputa aos cargos electivos, tanto para o executivo como para o legislativo”. D. Geraldo Lyrio, presidente da CNBB, lembrou que “o padre tem o cargo de anunciar a palavra de Deus com toda a liberdade”. “Uma posição partidária poderia comprometer esta missão, pois os ouvintes nem sempre saberiam distinguir quando ele fala como servidor da Palavra de Deus ou quando ele fala por interesses político-partidários ou até eleitoralistas”, acrescentou. A Associação Nacional de Presbíteros do Brasil, contudo, rejeitou estas indicações, afirmando em carta-manifesto que “suspender o ministério sacerdotal de padres que disputam eleições, mas tolerar políticos profissionais que usam as comunidades eclesiais para seduzir o povo é contraditório”. “Há padres que são advogados, directores de escola, professores, operários…. Porque não pode um padre assumir um cargo político?”, questionam.

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