Bispos da África austral criticam Mugabe

Os Bispos católicos da África austral criticaram duramente o presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, afirmando que “o julgamento de Deus” está à sua espera, do seu partido e dos seus partidários por causa das “atrocidades e actos de barbárie” por todos cometidos. Em comunicado, a conferência dos Bispos desta região aponta o dedo a Mugabe, seus generais e familiares, bem como aos “veteranos de guerra” que considera terem praticado “actos ofensivos aos olhos de Deus”. A nota pede uma “governação de consenso” para o Zimababué, em vez da actual “administração criminosa”. Morgan Tsvangirai, líder do principal partido político de oposição no Zimbabué, defendeu hoje, de acordo com o site online da estação britânica BBC, um “acordo político negociado” que permita “curar” o país. O líder do Movimento para a Mudança Democrática (MDC) falava em conferência de imprensa depois de ter abandonado a Embaixada da Holanda, onde estava refugiado desde domingo. Tsvangirai defendeu a existência de um “período de transição” no Zimbabué, solução que poderá ter o apoio de um grande número de líderes africanos. “Peço à União Africana (UA) e à Comunidade para o Desenvolvimento Africano (SADC) para apoiarem esta ideia, para que seja instituído um mecanismo transitório”, disse, reforçando que “este período de transição permitirá curar o país”. Redacção/Lusa

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