Bispo de Viseu aponta dificuldades entre Igreja e jovens

D. Ilídio Leandro reconhece que a pastoral juvenil, entre retrocessos e hesitações, não tem dado passos. O Bispo de Viseu admite ter havido demasiadas hesitações nacionais, numa área onde, a Igreja, deveria ter uma maior adaptação à linguagem dos jovens. “Tem havido algumas dificuldades e hesitações”, indica, reconhecendo uma lacuna no projecto juvenil. Enquanto vogal da Comissão Episcopal do Laicado e Família, D. Ilídio partilhou junto da Conferência Episcopal Portuguesa, na reunião que a CEP manteve em Fátima na semana passada, a avaliação feita pelo Conselho Nacional da Pastoral Juvenil. “Fiquei agora responsável por contactar o responsável do departamento e fazer alguma caminhada nesse campo”, explica à Agência ECCLESIA. D. Ilídio Leandro reconhece alguma falta de adaptação da Igreja à linguagem juvenil. “Não tem sido fácil e por outro lado não se têm dado passo grandes. Há tentativas, mas também retrocessos com hesitações, na minha opinião, demasiadas hesitações nacionais. Os responsáveis já deveriam ter caminhado mais”. O Bispo de Viseu aponta que o organismo nacional da Pastoral Juvenil se encontra em reestruturação e mudança. “O novo director (Pe. Vasco Pedrinho) está a constituir uma equipa”, respondendo a uma exigência dos responsáveis diocesanos. D. Ilídio acredita que com o novo responsável “um novo caminho será aberto e algo de novo será feito”. Em Viseu, e para que os jovens sejam protagonistas da sua história, vais ser criado um Secretariado que faça a síntese da juventude, do ensino superior e das vocações. “Queremos criar uma equipa que procure congregar estas áreas”, explica o D. Ilídio Leandro. A Bíblia e o Ano Paulino A diocese de Viseu está a caminhar no triénio do anúncio de «Jesus Cristo, a Boa Nova para um Mundo Novo». Os jovens são essenciais no projecto pastoral e na dinamização “também entre eles, da descoberta e da vivência da Bíblia”. A concluir o primeiro ano do triénio, D. Ilídio Leandro, indica que foram criados “dezenas e dezenas” grupos de lectio divina nas paróquias, cursos bíblicos, actividades que levaram os diocesanos a descobrir a Bíblia “numa atitude de leitura e oração, vivida e testemunhada”. Uma caminhada que deu alegria às pessoas, exprime o bispo de Viseu. “Pessoas que pegaram e leram a Bíblia, ou mesmo quem não sabe ler, partilhou o benefício de escutar leituras e reflectir”, afirma. Uma preparação que poderá ser benéfica para o Ano Paulino. Antes mesmo de Bento XVI consagrar um ano dedicado ao apóstolo Paulo, a diocese de Viseu traçava um triénio dedicado ao anúncio de “Jesus Cristo, a Boa Nova para um Mundo Novo”, assente na Palavra de Deus. Um percurso que se volta agora, numa segunda fase, para a Comunhão e Corresponsabilidade. D. Ilídio refere que o plano pastoral mereceu uma “leitura adaptada face ao Ano Paulino”, para que as comunidades se sintam “co-responsáveis na mensagem do apóstolo”. No terceiro ano do triénio terá lugar “a tomada de posse em todas as paróquias da diocese dos conselhos económicos e pastorais”. Em 2010, e até 2015, vai ocorrer o primeiro Sínodo da diocese de Viseu, que “fará o caminho do Segundo Concílio do Vaticano”, abordando os valores fundamentais deste Concílio. O itinerário catequético proposto pela Conferência Episcopal Portuguesa para o Ano Paulino vai servir de guia, em Viseu, para a lectio divina, “incidindo na perspectiva de que, quem vive na Palavra de Deus, na comunhão e na responsabilidade gera testemunho e comunhão à sua volta”.

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