Vaticano quer turismo mais ecológico

Alterações climáticas sublinham a necessidade de um compromisso cada vez maior em favor do ambiente O Vaticano manifestou-se preocupado com o impacto negativo que a actividade turística pode ter sobre o meio ambiente, afirmando a necessidade de um compromisso ecológico cada vez maior neste âmbito. A posição é assumida na mensagem para o Dia Mundial do Turismo, publicada pelo Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI), dedicada ao tema “O turismo enfrenta o desafio das alterações climáticas”. Lembrando que cerca de 900 milhões de pessoas fazem viagens turísticas a países estrangeiros, com um impacto considerável sobre a natureza: “As suas deslocações, por ar, mar e terra, gastam carburantes poluentes; as casas que os acolhem, com grandes espaços de áreas condicionadas, causam emissões de gás nocivo”. “O turismo é um dos vectores das actuais mudanças climáticas, dado que contribui para o processo de aquecimento da terra”, pode ler-se na mensagem, difundida esta Segunda-feira. O texto lembra, logo no seu início, que o próprio Estado da Cidade do Vaticano foi o primeiro a chegar ao objectivo de “emissões zero” de carbono, com a criação, em 2007, de uma zona florestal em território húngaro. Outro sinal concreto do “compromisso ecológico” do Vaticano foi a implantação de painéis solares que fornecem ao Estado uma percentagem considerável da energia gasta. O presidente do CPPMI, Cardeal Renato Martino, diz que é fundamental “cultivar a ética da responsabilidade”, lamentando o atraso de alguns Estados na “ratificação de protocolos internacionais, virados para a conservação do ambiente e a redução das emissões de carbono”. Neste contexto, escreve, todos são chamados a dar o seu próprio contributo, incluindo os turistas, “para que se dê atenção a comportamentos e acções concertas” em defesa do planeta. Entre os conselhos práticos, fica o de um turismo em favor da terra, com caminhadas a pé e estadias em locais “mais em contacto com a natureza”, levando menos bagagem e “plantando árvores para neutralizar os efeitos poluentes das nossas viagens”. Assim, refere a mensagem do CPPMI, poderá desenvolver-se “uma cultura do turismo responsável, também em relação às alterações climáticas”.

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