«A canção, uma ‘casa comum’ para a memória da Revolução dos Cravos» é a proposta do compositor e antropólogo político Alfredo Teixeira para, musicalmente, reconhecermos o lugar da intervenção, encontrarmos cruzamentos com os textos bíblicos e messiânicos que também ao cantautores propunham, e perceber como a revolução de 1974 teve a sua génese musical em 1971.
Através de 16 músicas o teólogo propõe o reconhecimento de polos de irradiação da canção de intervenção, desde 1945 até ao que poderíamos chamar de herança dessa expressão na cultura hip-hop de hoje, mostrando como as músicas de contestação ao Estado Novo propõem uma cultura de transformação que aproxima os mundos.