Oração pela China

Bento XVI lembrou vítimas do terramoto e a Jornada Mundial de Oração pelos católicos chineses Bento XVI lembrou este Domingo as vítimas do terramoto que atingiu a China no passado dia 12 de Maio, o qual terá feito mais de 80 mil mortes, segundo as previsões oficiais. “Confio ao amor misericordioso de Deus todos os que nestes dias morreram em consequência do terramoto que atingiu uma vasta área do vosso país”, referiu o Papa, ao saudar “com grande afecto os peregrinos de língua chinesa, reunidos em Roma, vindos de toda a Itália por ocasião da Jornada Mundial de oração pela Igreja na China”. Renovando a sua “proximidade pessoal a quantos estão a viver horas de angústia e de tribulação”, Bento XVI fez votos de que, “graças à solidariedade fraterna de todos, as populações daquelas zonas possam regressar em breve à normalidade da vida quotidiana”. Após a recitação do Angelus, na Praça de São Pedro, o Papa pediu “a Maria, Auxílio dos Cristãos, Nossa Senhora de Sheshan, que sustente o empenho de todos os que na China, no meio das fadigas do dia a dia, continuam a crer, a esperar, a amar, para que nunca receiem falar de Jesus ao mundo e falar do mundo a Jesus”. A Jornada de Oração pela China que a Igreja celebrou a 24 de Maio fora anunciada pelo Papa na Carta que enviou aos bispos, aos presbíteros, às pessoas consagradas e aos fiéis leigos da Igreja Católica na República Popular da China, em Junho de 2007. Bento XVI fez uma referência explícita à actual divisão dos católicos chineses entre Igreja “oficial”, a Associação Patriótica Católica controlada por Pequim, e a Igreja “clandestina”, que continua ligada ao Papa e ao Vaticano. O Papa pediu aos católicos que sejam sempre “testemunhas credíveis do seu amor e mantendo-se unidos à rocha de Pedro, sobre a qual está construída a Igreja”. Eucaristia e caridade Antes, Bento XVI referira-se à Solenidade do “Corpo de Deus” que se celebra neste Domingo em muitos países do mundo. “É esta a beleza da verdade Cristã: o Criador e Senhor de todas as coisas fez-se grão de trigo para ser semeado na nossa terra, nos sulcos da nossa história. Fez-se pão para ser repartido, partilhado, comido. Fez-se nosso alimento para nos dar a vida, a sua própria vida divina”, indicou. Jesus, lembrou o Papa, “nasceu em Belém, que em hebraico quer dizer Casa do pão e quando começou a pregar às multidões revelou que o Pai o tinha mandado ao mundo como pão vivo descido do céu, como pão da vida”. “A Eucaristia é escola de caridade e de solidariedade. Quem se alimenta do Pão de Cristo não pode ficar indiferente perante quem, mesmo nos nossos dias, não dispõe do pão quotidiano”, disse. “São muitos os pais que dificilmente conseguem arranjar pão para si e para os filhos. É um problema cada vez mais grave que a comunidade internacional tem muita dificuldade em resolver”, acrescentou. Pela sua parte, assegurou o Papa, “a Igreja não só reza ‘o pão nosso de cada dia nos dai hoje’, mas também, seguindo o exemplo do Senhor, empenha-se de todos os modos em multiplicar os cinco pães e os dois peixes com inumeráveis iniciativas de promoção humana e de partilha, para que a ninguém falte o necessário para viver”. “Que a festa do Corpo de Deus seja ocasião para crescer nesta atenção concreta aos irmãos, especialmente aos pobres, concluiu. (Com Rádio Vaticano) FOTO: Lusa

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