Bispo diocesano afirmou que só o amor permite ler a «morte que choca» e o sofrimento da celebração da Paixão de Jesus
Viana do castelo, 30 mar 2024 (Ecclesia) – D. João Lavrador convidou, na celebração da Paixão do Senhor, a cultivar a “confiança” e ao reconhecimento de “pertença à humanidade”.
“Perante um mistério, onde nos sentimos envolvidos, que conhece até à profundidade a realidade humana, brotam dois aspetos: o sentido da confiança e convidar a reconhecermo-nos pertença de uma humanidade, toda ela a necessitar de usufruir desta dádiva de Jesus”, afirmou o bispo de Viana do Castelo.
Perante o “nada, o esvaziamento”, Jesus mostra uma “entrega a tantas realidades carentes de amor”, indicou D. João Lavrador.
“Jesus hoje quer tornar-se presente, assumir nele toda esta realidade, não para ficar no esvaziamento, mas para preencher a nossa vida pessoal e comunitária, com uma vida nova”, sublinhou.
D. João Lavrador reconheceu a Sexta-feira Santa como um dia “marcado pelo silêncio e pela contemplação, por uma interiorização que faça cada um reconhecer o mistério vivido neste dia”.
O responsável pediu “empenho interior” e “disponibilidade para que seja o próprio Senhor a iluminar”, porque, afirmou, “a morte choca”, especialmente quando “o ser humano é chamado à vida, tem o ímpeto da vida”.
“Esta etapa da vida de Cristo só pode ser lida a partir do amor. Só o amor projeta luz. Tudo o que é o mal, tudo o que é o sofrimento e podemos dizer que perante a profundidade do amor projetado por Deus nos seus filhos, o sofrimento torna-se mais atroz”, reconheceu.
D. João Lavrador convidou a participar na celebração a partir da “esperança, firmada verdadeiramente”: “Não é uma esperança vazia, mas verdadeiramente consistente”.
“A palavra de Jesus concretiza-se, por isso uma nova humanidade é possível, e é real.
Temos confiança que a palavra de Jesus se cumpre. O Senhor nos vai indicar como”, finalizou.
LS