Caritas responde ao ciclone que vitimou mais de 22 mil pessoas em Myanmar

A Caritas Internacional está preocupada com a situação humanitária causada pela passagem do ciclone «Nargis» por Myanmar. A tempestade atingiu a região de Irrawaddy Delta no passado Sábado, dia 3. O ciclone «Nargis» danificou a cidade de Yangon e destruiu centenas de casas à sua passagem. A junta militar que ocupa o poder em Myanmar (antiga Birmânia) elevou, há minutos, para cerca de 22.500, o número de mortos em consequência da passagem do ciclone “Nargis”. A mesma fonte acrescentou que há mais de 41 mil pessoas dadas como desaparecidas. Perante a situação de calamidade, o regime de Myanmar decidiu conceder autorizações especiais para a entrada de ajuda humanitária no país. A Caritas Internacional encontra-se a coordenar operações de ajuda entre os 162 membros nacionais e a trabalhar com as equipas que já se encontram na região. Calcula-se que cerca de 100 mil pessoas ficaram sem alojamento devido à passagem do ciclone «Nagris», ainda que os especialistas prevejam que o número de vítimas mortais aumente à medida que as comunicações e vias de comunicação sejam restabelecidas. Dolores Halpin-Bachmann, responsável da Equipa de Resposta às Emergências, da Caritas Internacional, afirma ser urgente a chegada de “pessoal de emergências” para ajudar nas “áreas afectadas pela catástrofe”, para que os danos possam ser avaliados, mas também “para distribuir alimentos, oferecer alojamento, água limpa e assistência médica”. “Myanmar é um país pobre e certamente vai precisar de ajuda internacional, para responder a uma catástrofe desta magnitude. Por enquanto, só recebemos informações imprecisas que nos fazem temer pela gravidade da situação humanitária. «Nargis» devastou uma cidade de 5 milhões de pessoas”, acrescenta Halpin-Bachmann. Numa situação de emergência como esta a responsável da Caritas explica ser essencial o acesso a água potável, para evitar a propagação de doenças. “Os primeiros dias são cruciais para salvar vidas”. Logo após o tsunami na Ásia, em 2004, milhares de vidas foram salvas graças à rapidez e eficácia na resposta da comunidade humanitária, na primeira fase da emergência. “O governo de Myanmar deve fazer tudo para ajudar na resposta humanitária”, conclui a representante da Caritas.

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