Papa diz que a Guarda Suíça «é uma escola de vida»

Bento XVI apresentou esta Segunda-feira a Guarda Suíça como uma “escola de vida”, agradecendo a todos os que desde há mais de 500 anos “velam pela segurança do Papa e da sua morada”. Recebendo os Guardas Suíços do Vaticano, por ocasião da sua festa anual, Bento XVI exprimiu o seu apreço e gratidão a “este pequeno, mas qualificado corpo, destinado a velar pela defesa do Romano Pontífice”. O Papa recordou as profundas transformações do contexto social em que a Santa Sé é chamada a desenvolver a sua missão, desde o ano de 1506, data em que foi constituído este corpo militar, o Papa ressaltou aquilo que permanece imutável na Guarda Suíça: “À distância de cinco séculos, permanece imutável o espírito de fé que leva jovens suíços a deixarem a sua bela terra para virem prestar serviço ao Papa, no Vaticano. Igual é o amor pela Igreja Católica, à qual vós dais testemunho, mais do que com palavras, com as vossas pessoas, que, graças à vossa característica divisa, são bem reconhecíveis nas entradas do Vaticano e nas audiências pontifícias”, indicou. “Os vossos históricos uniformes (o uniforme de gala remonta aos tempos de Michelangelo, ndr) falam aos peregrinos e turistas de todas as partes do mundo de qualquer coisa que, apesar de tudo não muda: falam do vosso empenho de servir a Deus servindo o servo dos servos de Deus”, disse ainda. A Guarda Suíça Pontifícia, fundada pelo Papa Júlio II em 1506, é uma companhia de voluntários, recrutados em todas as partes da Suíça, organizados militarmente, para a custódia da pessoa do Papa e da sua residência. Outras tarefas são também a vigilância dos ingressos na Cidade do Vaticano, assim como serviços de segurança e de honra durante as funções religiosas e diplomáticas do Santo Padre. Uma representação da Guarda Suíça acompanha o Papa nas suas viagens ao exterior. Amanhã, dia 6 de Maio, 33 novos recrutas da Guarda Suíça prestarão o seu juramento numa cerimónia solene que assinala o aniversário do saque de Roma pelas tropas do imperador Carlos V, em 1527. O Papa Clemente VI salvou-se da ofensiva ao refugiar-se no castelo de Sant’Angelo, mas 147 Guardas perderam a vida ao defendê-lo.

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