Peregrinação à Senhora do Castelo proclamou o valor da família

Do alto do Monte do Castelo, em Arcos de Valdevez, D. José Pedreira proclamou, em voz bem alta e diante de milhares de peregrinos, «a santidade do matrimónio, o valor da família, o total respeito pela vida humana», apesar do «menosprezo e maltrato que lhe são infligidos por certas concepções políticas do foro legislativo». A presidir à celebração eucarística da peregrinação arciprestal de Nossa Senhora do Castelo, cuja temática central era a família e que levou muitos viverem a experiência de trepar, monte acima, com os olhos da alma voltados para os valores sobrenaturais, que despertam a dimensão religiosa pessoal, D. José Pedreira quis prestar homenagem a «todas as mães que com amor generoso e sacrificado transmitiram o dom da vida a seus filhos e, com carinho extremo e serena doação de si próprias, os acompanharam pela vida fora». O Bispo Diocesano recordou que «a mãe tem um lugar destacado na família cristã» porquanto desempenha na comunidade familiar como que «uma espécie de laço afectivo» que une todos os membros dessa pequena comunidade. A família que assume com responsabilidade os seus compromissos, nomeadamente no desenvolvimento e educação dos filhos, e no acolhimento afectivo dos seus idosos, constitui-se uma célula viva da sociedade, sublinhou o Prelado salientando que é nela que se« decide o destino do ser humano, o seu pleno desenvolvimento, a sua realização integral, a sua riqueza insubstituível». O bem da sociedade mas também o da Igreja está «profundamente vinculado ao bem-estar da família», enquanto «lugar natural onde se leva a cabo a inserção na própria Igreja através da regeneração operada pelo baptismo e da educação na fé». D. José Pedreira fez questão de sublinhar, neste contexto de preito às mães, que «autêntico amor conjugal exige que o homem tenha profundo respeito pela igual dignidade da mulher». «O amor à esposa-mãe e o amor aos filhos são para o homem o caminho natural para a compreensão e realização da sua paternidade, do ser pai», concluiu. Esta peregrinação decorreu no domingo em que a Igreja celebrou a Ascensão, a configuração gloriosa com que Jesus conclui a sua vida terrena,que está profundamente ligada com a forma humilde e simples como iniciou a sua presença entre os homens», explicou. «Quis nascer de uma Virgem Imaculada, sem mancha de pecado desde o momento da sua conceição» a quem «o povo cristão venera e presta culto religioso». A Virgem, invocada como Senhora do Castelo, «é sempre caminho certo para chegarmos a Jesus» e «é símbolo e exemplo vivo para todas as mães», disse O Prelado. O Bispo de Viana do Castelo terminou a homilia com uma palavra sobre os meios de comunicação social na Jornada Mundial que a Igreja celebra este ano sob o signo da “infoética”. O mandato de Cristo de evangelizar «torna-se impossível no nosso tempo se não utilizarmos os meios de comunicação social, de difusão da mensagem por escrito, pelos meios televisivos, pelas ondas sonoras das nossas emissoras, pela Internete e pelos mais complexos sistemas de comunicação que hoje existem». Para que isso seja possível, «a Igreja tem necessidade do contributo de todos os fiéis. Por isso, o ofertório das missas de hoje, por determinação superior, deve ser destinado a esse fim, através das Igrejas particulares ou Dioceses» concluiu o Prelado. Durante o trajecto da peregrinação rezou-se pelas 23 vítimas de um acidente com um autocarro por esta ocasião no ano de 1958. No preciso local do acidente, assinalado com 23 bandeiras, foi depositada uma coroa de flores. Paulo Gomes

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