Bispo do Funchal diz que é preciso «mexer com as comunidades»

D. António Carrilho no encerramento da Semana de Oração pelas Vocações Realizou-se ontem à tarde, na Igreja Paroquial das Eiras, o encerramento da Semana de Oração pelas vocações, que se caracterizou por momentos de reflexão e cultura, tendo por base a Mensagem de Bento XVI e o filme «Pescadores de homens», com momentos de animação musical pelo Grupo Juvenil «ICTUS» encerrando-se com celebração da Eucaristia presidida por D. António Carrilho, que na sua mensagem, deixou um apelo concreto às comunidades, às famílias, aos jovens e aos secretariados diocesanos para continuarem a acção pastoral em favor das vocações. Referindo-se à realidade concreta das vocações na diocese, D. António Carrilho interroga-se sobre como mexer com as comunidades, para que o apelo, o chamamento que continua a ser feito pelo Senhor da Messe, possa encontrar eco na juventude hodierna, para que possa haver maior número de «pescadores de homens», que se ponham ao serviço dos valores do Reino de Deus. Certamente que se deve continuar a rezar, – já lá vão 45 anos de jornada de oração – mas o Bispo espera certamente que os frutos da oração sejam mais visíveis e abundantes. Mostrou-se convicto de que os chamamentos, as vocações não faltam, – pois Deus sempre chama – mas interroga-se se todas as comunidades cristãs estarão a fazer o que deve ser feito, para que esse chamamento, esse apelo, essa interpelação chegue realmente na hora devida e no modo devido àqueles a quem deve chegar. D. António Carrilho reitera a sua convicção de que «não há crise nas vocações», pois a situação pode-se ultrapassar e vencer com uma conjugação de esforços nos diversos âmbitos da Pastoral: pastoral das vocações, pastoral juvenil e pastoral da Família, numa convergência de acções que ajudem a rever as necessidades do povo de Deus e do povo em geral, interpelando os jovens que estão a fazer os projectos de vida, porque não olhar o futuro para uma missão sacerdotal, sem embargo das muitos carismas e vocações em que poderão ser felizes. D. António referiu a circunstância de haver institutos religiosos com muitas vocações de origem madeirense, muito embora sejam vocações de outros tempos, pois a maioria das pessoas registam já idade provecta, interrogando-se sobre a possibilidade desse fenómeno se repetir nos tempos presentes. É o caso duma religiosa do Instituto de Nossa Senhora das Vitórias, que fará cem anos daqui a dois meses, e que ali estava presente, e de tantas outras vocações de madeirenses disseminadas por todo o mundo. A terminar a sua mensagem, D. António Carrilho convidou com insistência os jovens presentes que sentissem algum desejo, algum chamamento, para a vida sacerdotal ou religiosa, a lhe escreverem uma carta. Aquela vocação que surgir em consequência desta 45.ª jornada de Oração pelas Vocações, levará a «marca 45», isto é, da Jornada 45.ª de Oração pelas vocações.

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