Turismo deve ser instrumento de diálogo

O secretário do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e os Itinerantes (CPPMI), D. Agostino Marchetto, defendeu que o turismo deve ser um instrumento de diálogo entre povos e pessoas, admitindo que este é um campo que “precisa também de uma nova evangelização”. Este responsável falava na Argentina, onde se encontra a convite da Conferência episcopal local para falar sobre a pastoral das migrações, as novas escravidões, o turismo e as peregrinações. D. Marchetto partiu da constatação de que vivemos num mundo cada vez mais complexo. Um dos sinais do nosso tempo é a mobilidade humana, da qual o turismo é uma expressão. “Uma nova realidade como é a do turismo contemporâneo necessita também de uma nova evangelização”, afirmou o arcebispo italiano, advertindo que “no mundo do turismo existe uma realidade secularizante, ateia ou de indiferença”. Segundo o prelado, os turistas internacionais são 900 milhões e os empregados nesta indústria, a nível mundial, são mais de 200 milhões. Em algumas regiões turísticas, o turismo contribui para incrementar o índice de empregos e o desenvolvimento económico, apesar de ser causa, ao mesmo tempo, de muitos problemas sociais, culturais e ecológicos. Nesta tarefa de dar um “rosto humano” a esse fenómeno, a Igreja deve orientar a formação moral e espiritual dos fiéis e turistas, apoiando também todos os esforços destinados a uma séria preparação profissional. D. Marchetto destacou ainda que o turismo pode ser uma “ocasião privilegiada” para o encontro entre as pessoas, bem como instrumento de diálogo, de promoção da paz, de ajuda ao desenvolvimento, de conhecimento da memória de outros povos e de crescimento espiritual. (Com Rádio Vaticano)

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