Investigador defende que é fundamental saber manter juventude na Igreja
Lisboa, 23 Jan 2024 (Ecclesia) – O investigador José Pereira Coutinho considera que as lideranças são determinantes e, no caso do catolicismo, “muito importantes” para dar continuidade à JMJ.
“As lideranças são determinantes, não só para os jovens, mas para a população católica, e para a população em geral, mas no caso do catolicismo, as lideranças são essenciais, e vão ser muito importantes para continuar o trabalho que foi feito, e com muita antecedência, para a Jornada Mundial da Juventude”, disse à Agência ECCLESIA o professor da Universidade Católica Portuguesa (UCP).
O investigador esteve na Jornada Mundial da Juventude, de 01 a 06 de agosto de 2023, realizada em Lisboa e verificou que estavam lá “muito jovens com “um espírito mesmo de devoção, e depois há uns que vão mais no rebanho”.
“Há os virtuosos, aqueles que têm, em termos mais católicos, um fogo espiritual muito forte, e depois aqueles que lá estão também por motivações, muitas vezes mais de camaradagem, de amizade, mas também, claro, com motivação religiosa, como é lógico”, disse.
Portugal é um país onde a liberdade religiosa existe, por isso “não há este receio de publicamente expressar a fé”, mas em países onde a liberdade religiosa não existe ou existe com “grandes dificuldades, esses jovens que vieram desses países puderam livremente expressar a sua fé”, frisou José Pereira Coutinho numa entrevista emitida hoje, no Programa ECCLESIA na RTP2.
A JMJ tocou “a todos de uma forma ou de outra”, tanto no aspeto social como no aspeto religioso, e foi uma forma “para definirem ou redefinirem as suas vocações”.
“Amizades que se criam, experiências que se criam em conjunto, nesse aspeto a JMJ foi um acontecimento muito importante”, sublinhou o investigador.
Para José Pereira Coutinho é fundamental que esse trabalho “continue ao longo dos próximos anos, e que na JMJ, da Coreia do Sul, haja esta continuidade”.
Como a sociedade contemporânea vive em “grande mobilidade”, o professor da UCP defende que “é importante conseguir manter os jovens” na Igreja porque eles vivem “um lazer muito secularizado”.
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