Filme holandês anti islâmico provoca polémica na Europa

O filme anti islâmico “Fitna”, lançado na Internet na passada Quinta feira pelo deputado holandês Geert Wilders, está a causar polémica na Europa. Em comunicado, a União Européia (UE) afirmou que o filme “não tem outro objectivo além de fomentar o ódio”. “A UE e seus Estados-membros aplicam o princípio da liberdade de expressão, que é parte de nossos valores e nossas tradições. Ainda assim, essa deveria ser exercida em espírito de respeito por todos os credos e religiões”, diz o comunicado da UE. O Conselho das Igrejas holandesas define o filme como “uma lamentável caricatura do Islão”. “A sensação que o filme evoca é unívoca e provatória”, afirma o secretário-geral do Conselho, Klaas van der Kamp, através de um comunicado. “As Igrejas holandesas acreditam que a sociedade não deveria ser guiada pelo medo. Se existem problemas entre os vários grupos que a compõem, os mesmos devem ser resolvidos com o dialogo recíproco”, declara. O Primeiro ministro holandês, Jan Peter Balkenende, manifestou-se “contrariado”. Os países islâmicos condenaram também a iniciativa do deputado de extrema-direita holandesa. O Irão afirmou que se trata de “vingança” de alguns ocidentais contra a religião muçulmana. O governo de Bangladesh condenou “do modo absoluto” o filme de Wilders. “Esta acção insensata e completamente injustificada poderia ter graves consequências, porque ofende milhões de muçulmanos em todo o mundo”, declarou num comunicado o Ministério das Relações Exteriores bengalês. O curta-metragem de 17 minutos, criado por Geert Wilders, critica o carácter “fascista” do Corão, numa montagem de imagens dos atentados no World Trade Center e em Madrid, de execuções em países muçulmanos não identificados e de trechos do livro sagrado dos muçulmanos. Com Rádio Vaticano

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