«O lugar onde nasceu Jesus está em conflito e isso não pode ser esquecido neste Natal» – Padre Alfredo Neves
Guarda, 03 jan 2024 (Ecclesia) – A Diocese da Guarda retratou o nascimento do Menino Jesus em contexto de guerra, evocando a situação na Terra Santa, no presépio da Sé, uma ideia do Agrupamento 134 do Corpo Nacional de Escutas e dos párocos.
“Quando olhamos para este presépio o nosso pensamento vai logo para a Palestina, mas não nos podemos esquecer que as grandes guerras estão perto de nós”, disse o padre Alfredo Neves ao jornal diocesano A GUARDA, segundo nota enviada hoje à Agência ECCLESIA.
Este ano, os responsáveis quiseram evocar o que se passa no lugar onde Jesus nasceu, por isso, o Presépio da Sé da Guarda destoa no meio de tanta harmonia arquitetónica numa das naves laterais do templo.
“Os escuteiros quiseram mostrar o nascimento de Cristo em contexto de guerra”, explicou o padre Alfredo Neves, salientando que no cenário criado “só faltam as bombas e as bazucas”.
O sacerdote afirmou que o lugar onde Jesus nasceu “está em conflito e isso não pode ser esquecido neste Natal”, salientando que os párocos têm explicado o seu significado nas homilias.
Segundo este pároco da Sé, a representação do presépio “na Igreja Mãe da Diocese” da Guarda muda de lugar de ano para ano e raramente repetem o mesmo sítio, “percorrendo todos os espaços da Sé”.
O presépio apresenta a gruta com Maria, José e o Menino, o burro e a vaca, a que se juntam no exterior o anjo, o pastor com as ovelhas e os três magos, mas contrário aos presépios tradicionais da região, onde abunda o verde do musgo, nesta representação do nascimento de Jesus o cenário foi feito com “restos de telhas, blocos e outros desperdícios”, e, “no meio de toda esta catástrofe”, está a ‘Luz da Paz de Belém’.
Os escuteiros do Agrupamento 134 partilharam a ‘Luz da Paz de Belém’ “com a esperança de que a chama da alegria, da solidariedade, do amor, da paz e da fraternidade”, se mantenha acesa nas casas das pessoas, no seu dia-a-dia e nos seus corações, “para que a saibam partilhar com o próximo”, informa a Diocese da Guarda.
CB/OC