Lei do Amor dá sentido à vida

O Tríduo Pascal representa o cume de todo o Ano litúrgico, sublinhou D. António Carrilho na Ceia do Senhor, celebração que “deixou de ser memória do passado para dar lugar à nova Páscoa”, em que o Mandamento do Amor passou a ser a nova Lei. A nova lei dada por Jesus aos seus discípulos tem por base o «amor serviço, o amor caridade» que se celebra em cada Eucaristia mas que também terá de se traduzir nos gestos e atitudes dos cristãos, hoje, lembrou o Bispo do Funchal na sua homilia sobre a Última Ceia, uma «celebração plena de ternura», em que a cerimónia do lava-pés aparece como exemplo significativo. «A autoridade tem de ter esta dimensão do serviço, olhos e corações bem abertos para as realidades, para se fazer o máximo pelos outros», salientou. «Na vida de cada dia, na família, no trabalho, nos grupos sociais, todos os que têm responsabilidades» deverão comprometer-se com «esta dimensão do amor», como discípulos de Jesus que deu a vida por todos. A Páscoa inaugurada por Cristo, com a Última Ceia, «deixou de ser memória do passado, ganhou um novo sentido, tornou-se uma nova libertação, libertação da morte à vida, do pecado à graça». Daí que a Eucaristia seja «o centro da nossa vida cristã», disse D. António Carrilho. Na Última Ceia, a par da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, apresentaram-se ainda «sinais de sacrifício», a despedida no Cenáculo, as «últimas vontades de Jesus», que «precederam todo o processo que O conduziu à morte». No entanto, Ele ensinou a dar a vida pelos outros e deu um «novo significado» à Páscoa judaica: «Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei» foi o seu testamento. A Semana Santa continua hoje com as cerimónias da Paixão do Senhor. Na Sé do Funchal, D. António Carrilho presidirá ao Ofício de Leituras e Laudes, às 9h30; à celebração da Paixão às 17h e à Procissão do Enterro do Senhor às 19 horas.

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