Centro de Apoio à Família e à Vida teve 131 casos num ano

O Centro de Apoio à Família e à Vida (CAFVida) fez 131 atendimentos no primeiro ano de funcionamento, que hoje se completa. Noventa por cento dos casos estão relacionados com problemas familiares, 80 por cento dos contactos foram feitos por mulheres e entre 70 a 80 por cento por pessoas na faixa etária dos 40 aos 50 anos. A Arquidiocese faz um balanço positivo desta actividade, defendendo que a organização mostra o trabalho concreto da Igreja no apoio à vida e à família. Os dados foram divulgados ontem pela responsável da estrutura, a cooperadora da família Manuela Caldeira, numa conferência de imprensa que contou com a presença do Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, do assistente do Departamento Arquidiocesano da Pastoral da Família, padre Domingos Paulo Oliveira, e dos coordenadores do Departamento Arquidiocesano da Pastoral Familiar, Conceição Sousa e José Maria Sousa. Manuela Caldeira sublinhou que a actuação do CAFVida não se restringe à Arquidiocese de Braga, uma vez que já foi contactado por pessoas de Viana do Castelo, Porto e Coimbra. Em relação aos problemas familiares, destacam-se casos de violência doméstica, situações complicadas envolvendo mães divorciadas com crianças, conflitos entre os elementos do casal, casais em ruptura matrimonial, tentativas de suicídio, pedidos de apoio jurídico, pessoas que querem desabafar, casos de solidão, doenças psíquicas e psiquiátricas e famílias que viram a sua vida transtornada por causa de falências ou do desemprego. A mesma responsável salientou que a grande maioria dos pedidos de ajuda envolvem pessoas acima dos 40 anos, no entanto também houve quatro casos envolvendo jovens entre os 14 e os 25 anos. A ajuda é prestada por uma assistente social, um jurista, um psiquiatra, um psicólogo, um médico, um sacerdote e as cooperadoras da família. O serviço faz também o encaminhamento para outras instituições, sendo que esta actividade é gratuita e confidencial. Ajuda concreta à família e à vida O Arcebispo de Braga defendeu que esta estrutura mostra que a Igreja dá «ajudas concretas e não apenas com palavras» para que a vida «tenha dignidade desde a concepção até à morte». D. Jorge Ortiga sublinhou que a instituição foi lançada «como resposta positiva» depois do referendo ao aborto, mas que o seu âmbito de actuação é mais vasto do que isso. O prelado destacou a importância desta estrutura num tempo em que se privilegia «o que é mais fácil, rentável e que choca». Referindo-se ao portal que torna os divórcios mais rápidos, D. Jorge Ortiga argumentou que, «se se criam facilidades, a ruptura é a porta de saída». «Quando há pessoas que escutam os problemas, tudo se altera», sustentou. O Arcebispo reiterou as críticas a uma campanha de publicidade que usa as imagens de um padre e de uma freira e «o aleluia antes do tempo ». Em seu entender, há valores que têm de ser respeitados e a ânsia do lucro não justifica tudo. Por seu turno, o padre Domingos Paulo Oliveira lembrou que o CAFVida surgiu da união entre o Departamento Arquidiocesano da Pastoral da Família, o Instituto Secular das Cooperadoras da Família e o Centro de Acolhimento e Formação Jovens em Caminhada, para fazer «face a toda a problemática da família e dos ataques à vida nos dias de hoje». O sacerdote reiterou que os objectivos desta estrutura passam por atender casais em dificuldade, nomeadamente nas suas relações interpessoais, conjugais ou de relacionamento com os filhos; acompanhar famílias com situações problemáticas e conflituosas; acolher crianças abandonadas ou em risco; promover a reinserção familiar e social das pessoas acolhidas e organizar cursos de formação e prevenção sobre aspectos relacionados com a juventude e a família. O CAFVida funciona na Casa de Santa Zita, na rua de S. João, junto à Sé de Braga, podendo ser contactado pelo telemóvel 912265154 ou pelo correio electrónico cafvida@ gmail.com. Esta instituição tem uma delegação Famalicão, tendo havido também contactos para a sua instalação em Guimarães e Vila do Conde.

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