Ramos enchem Catedral de Bragança

«Celebrar a fé dentro das igrejas exige fidelidade e coerência na vida cristã fora delas» afirmou D. António Montes Há imagem dos anos anteriores, o Domingo de Ramos foi um dia em que os fiéis de Bragança correram em massa à Catedral para a “Bênção dos Ramos”. Esta é uma das celebrações mais participada durante o ano quer por ser o Domingo da Paixão quer pelo simbolismo que o ramo de oliveira tem para os cristãos nordestinos. Desta forma, no passado domingo, a Catedral de Bragança encheu-se para a Celebração da Eucaristia presidida por D. António Montes, bispo de Bragança-Miranda com a presença dos párocos das comunidades da cidade brigantina. A Bênção dos Ramos e a Eucaristia em que se lê o Evangelho da Paixão de Cristo dá início às celebrações da Semana Santa, um tempo em que os cristãos recordam, participam e celebram os momentos mais marcantes do caminho de Jesus até à cruz para remissão dos pecados da Humanidade. Na homilia da celebração, o prelado da diocese referiu que o Relato da Paixão escutado no Evangelho de S. Mateus apresenta “um panorama humano feito de contrastes e até de contradições”. “Ao entusiasmo da multidão aclamando Jesus na entrada de Jerusalém – entusiasmo que inspira o tom festivo das celebrações do Domingo de Ramos na nossa Região – contrapõe-se a atitude condenatória dos que (muitos deles por ventura os mesmos) alguns dias depois reclamaram a sua crucifixão”, sublinhou o bispo diocesano. D. António Montes lembrou as fragilidades dos próprios amigos de Jesus tais como Pedro e Judas, do poder local na pessoa de Pôncio Pilatos e da hierarquia sacerdotal hebraica que votou a condenação à morte de Jesus por “blasfémia”, por Ele ter afirmado a Sua Natureza Divina. O bispo diocesano lembrou as palavras convictas do centurião romano: «Este homem era verdadeiramente Filho de Deus» para lembrar aos fiéis que “é esta profissão de fé que todos nós somos convidados a renovar e a aprofundar na Semana Santa”. Para o prelado, as celebrações da Semana Santa são mais do que eventos culturais ou ritos tradicionais. “A começar pela Bênção dos Ramos que, hoje, atrai tanta gente às igrejas, às vezes por motivos de vivência cristã desfocada até mais do que o Próprio Domingo de Páscoa em que celebramos a Ressurreição de Cristo como fundamento da nossa fé”, frisou. D. António Montes defende que as celebrações de culto são actos religiosos em que os cristãos confrontam a sua vida com os apelos e a interpelação da Palavra de Deus e com os acontecimentos salvíficos da vida de Cristo. “As celebrações de culto, para terem verdade e autenticidade pessoal e comunitária, devem prolongar-se na vida cristã de todos nós e das comunidades paroquiais num diálogo fecundo entre celebração litúrgica e vida cristã. Celebrar a fé dentro das igrejas exige fidelidade e coerência na vida cristã fora delas”, concluiu o Pastor Diocesano. Renuncia Quaresmal “Na nossa diocese, o ofertório da Renúncia Quaresmal é entregue durante as Eucaristias ou as Celebrações da Palavra de Domingo de Ramos. A Renúncia Quaresmal está hoje estabelecida em todas as Dioceses do País e destina-se a finalidades religiosas, sociais e culturais dentro e fora da Diocese, à imitação das colectas para os cristãos de Jerusalém que S.Paulo fazia nas comunidades da Síria, da Ásia Menor e da Grécia. Trata-se duma expressão institucionalizada de partilha eclesial. À semelhança dos anos anteriores, também desta vez a nossa Renúncia contempla dois destinos principais: as obras em curso para reabilitação completa do pavilhão residencial do Seminário de Bragança e, fora da Diocese, apoio ao Seminário Maior de Dili, em Timor-Leste. Encomendo as finalidades da Renúncia à vossa generosidade e ao vosso sentido de pertença diocesana e de partilha com as outras Igrejas. A nossa Diocese não é uma ilha, mas uma comunidade aberta no seio da comunhão maior da Igreja toda.” D. António Montes, bispo de Bragança-Miranda In Mensageiro Notícias

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