Bento XVI celebrou Missa por D. Faraj Rahho

Arcebispo caldeu de Mossul (Iraque) foi encontrado sem vida na semana passada após quase 15 dias de rapto Bento XVI presidiu esta Segunda-feira a uma Missa de sufrágio por D. Paulos Faraj Rahho, Arcebispo caldeu de Mossul (Iraque), encontrado sem vida na passada Quinta-feira após quase 15 dias de rapto. Na sua homilia, o Papa lembrou o Arcebispo iraquiano como um “homem de paz e de diálogo”, com particular predilecção pelos mais pobres e as pessoas com deficiência. Neste âmbito, D. Rahho tinha criado uma associação para valorizar estas pessoas e apoiar as suas famílias. “Nestes dias, em profunda comunhão com a comunidade caldeia no Iraque e no estrangeiro, chorámos a sua morte e o modo desumano como teve de concluir a sua vida terrena”, indicou. Bento XVI falou das “horas terríveis do rapto e da dolorosa prisão – na qual, talvez, estaria já ferido”, até à “agonia e à morte”, que se concluíram com uma “indigna sepultura”. Neste contexto, o Papa pediu que o exemplo de vida do Arcebispo Rahho possa levar todos os iraquianos, cristãos e muçulmanos, a “construir uma convivência pacífica, fundada na fraternidade e no respeito”. A homilia quis deixar uma palavra de encorajamento a todos os membros da Igreja Católica no Iraque. “Estamos solidários, neste momento, com o Patriarca de Babilónia dos caldeus, Cardeal Emanuel Delly, e Bispo daquela amada Igreja que sofre, crê e reza no Iraque”, disse o Papa. “Como o amado Arcebispo Paulos se deu, sem reservas, ao serviço do seu povo, assim os cristãos saibam perseverar no compromisso da construção de uma sociedade pacífica no caminho do progresso e da paz”, desejou. Bento XVI pediu que todos saibam encontrar na fé a força para continuar o seu trabalho em condições difíceis. “A todos envio uma palavra de saudação e de encorajamento, confiando que saibam encontrar na fé a força para não perder o ânimo na difícil situação que estão a viver”, afirmou. Já ontem, durante a recitação do Angelus, o Papa referiu-se à trágica morte do Arcebispo caldeu de Mossul para pedir o fim da violência e do ódio no Iraque. “Basta de carnificinas, basta de violências, basta de ódio no Iraque”, indicou. No final do Angelus, o Papa lembrou D. Rahho, referindo-se ao “seu belo testemunho de testemunho de fidelidade a Cristo, à Igreja e à sua gente, que não obstante numerosas ameaças, não tinha querido abandonar”. O Papa soltou assim “um grito” dirigido ao povo iraquiano, que desde há cinco anos sofre as consequências de uma guerra que “provocou a desarticulação da sua vida civil e social”: “Amado Povo iraquiano, levanta a cabeça e sê tu próprio o primeiro reconstrutor da tua vida nacional! Sejam a reconciliação, o perdão, a justiça e o respeito da convivência cívica entre tribos, etnias, grupos religiosos – o caminho solidário para a paz, em nome de Deus!”. A morte do Arcebispo caldeu de Mossul foi o primeiro caso a atingir um membro do episcopado local. Em Junho de 2007, um padre e três diáconos foram assassinados em Mossul, capital da província de Nínive. Na mesma cidade, em Janeiro de 2005, fora sequestrado o arcebispo da comunidade siro-católica, D. Basile Georges Casmoussa Foto: OR

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