Papa espera ainda a libertação do Bispo raptado no Iraque Bento XVI deixou este Domingo um apelo ao diálogo “justo e pacífico” no Médio Oriente, pedindo ainda a libertação do Bispo raptado no Iraque a 29 de Fevereiro. Durante a recitação do Angelus, na Praça de São Pedro, o Papa falou da recente onda de violência na Terra Santa, classificando-a de “espiral de destruição”, fazendo votos de que as partes envolvidas prossigam as negociações de paz. “Encorajo as autoridades israelita e palestiniana no seu propósito de continuarem a construir, através de negociações, um futuro pacífico e justo para os seus povos e a todos peço, em nome de Deus, que abandonem o caminho tortuoso do ódio e da vingança, percorrendo responsavelmente o caminho do diálogo”, afirmou. Bento XVI falou depois do Iraque, recordando que ainda nada se sabe do Arcebispo caldeu de Mossul, D. Paulos Faraj Rahho, raptado há mais de uma semana. O Papa fez votos de paz para o Iraque, “enquanto tememos ainda pela sorte de Sua Excelência Mons. Rahho e tantos iraquianos continuam a sofrer uma violência cega e absurda”. Na habitual catequese dominical, Bento XVI afirmou que “a morte do corpo é um sono do qual Deus nos pode despertar em qualquer momento, mas a fé não nos tira a dor pela morte dos nossos queridos. Esta senhoria sobre a morte não impediu que Jesus experimentasse compaixão sincera pela dor da separação quando se encontrou diante do sepulcro do seu amigo Lázaro”. O episódio, relatado no Evangelho, mostra Jesus a chorar, “Jesus verdadeiro homem e verdadeiro Deus, isto é, revela-nos que o coração de Cristo é divino – humano; n’Ele, Deus e homem encontraram-se perfeitamente, sem separação e sem confusão”. O Papa recordou depois que na próxima Quinta-feira, dia 13, presidirá na Basílica de São Pedro a uma Liturgia penitencial para os jovens da Diocese de Roma. Será um momento forte de preparação para o XXIII Dia Mundial da Juventude que será celebrado no Domingo de Ramos e que culminará em Julho próximo com o grande encontro de Sidney. Bento XVI cumprimentou ainda os peregrinos de língua portuguesa, desejando “frutuosa caminhada quaresmal que vivifique e robusteça a vossa confiança em Cristo, único Salvador do mundo. Sobre vós e vossas comunidades de origem e destino, a minha Bênção”. (Com Rádio Vaticano)