A Igreja Católica no Iraque continua à espera de notícias sobre o Bispo Paulos Faraj Rahho, raptado por homens armados no passado dia 29 de Fevereiro, em Mossul (Norte do país). “Até este momento não há notícias, esperamos saber novidades ao longo do dia de hoje”, referiu à agência italiana SIR o Bispo latino de Bagdad, D. Jean Benjamin Sleiman. No início desta semana, os raptores do Bispo iraquiano D. Paulos Faraj Rahho entraram em contacto com responsáveis da Igreja Católica no país para apresentar novas exigências que “complicam o caso”. De acordo com a agência missionária AsiaNews, os raptores telefonaram para aumentar o preço do resgate (fala-se em mais de um mulhão de dólares) e ditar “condições políticas” que levam a pensar que não se trata de simples criminosos em busca de dinheiro. Segundo D. Sleiman, o rapto não foi reivindicado, mas admite-se que seja da autoria de “fundamentalistas, talvez sunitas”. O Bispo de Bagdad frisa que os cristãos são muitas vezes identificados com “os ocupantes”, fruto da “mentalidade tribal iraquiana que confunde tudo e todos”. Este responsável lamenta a falta de pressão dos governos europeus e assinala que os cristãos se sentem abandonados. Até este momento não há nenhuma prova do bom estado de saúde do Bispo Rahho, raptado à saída da igreja do Espírito Santo em Mossul. Os três jovens que seguiam no automóvel do prelado foram assassinados.