Renúncia quaresmal de Coimbra para lar de meninas em S. Tomé

A renúncia quaresmal dos cristãos da Diocese de Coimbra destina-se em parte, para apoiar um lar para meninas em S. Tomé e Príncipe. Como referiu D. Albino, na sua nota pastoral para a Quaresma, a outra parte reverterá a favor de um centro social em Cabo Verde. Damos a conhecer o problema de S. Tomé, mais propriamente do lar da paróquia de Santana, onde trabalha o Padre Manuel Cristóvão, natural de Pelmá, da Diocese de Coimbra, e que se dedicou durante muitos anos à Obra de Rua (Casa do Gaiato). Quando chegou a S. Tomé, na paróquia que lhe foi destinada, encontrou um lar para meninas. O primeiro impulso foi fechá-lo – escreve-nos o Padre Cristóvão – dado que não tinha nada para o sustentar”. Depois resolveu “aguentar” no meio das maiores dificuldades, utilizando algum dinheiro que lhe fora dado por colegas e amigos aquando da sua última passagem por Portugal. “Mas isso esgota-se – escreve aquele sacerdote. “Por isso, acrescentou, em carta enviada para um colega de Coimbra, “resolvi escrever… e fazer algumas propostas”. Uma delas passava por uma paróquia dar, por ano, o correspondente a 70 ou 80 euros, “que daria quase para sobreviver durante um mês”. Outra proposta dirige-se às famílias (ou “grupos cristãos”) que podiam adoptar uma ou várias meninas, “cuja despesa mensal média é de 35 ou 40 euros” (pouco mais de um euro, ou dois cafés por dia). Conhecendo este pedido, o Bispo de Coimbra decidiu que parte da renúncia quaresmal dos seus diocesanos servisse para que este lar em S. Tomé possa continuar a desempenhar a sua missão de apoiar os mais carenciados. Correio de Coimbra/J.R.

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