Algarve: Bispo diocesano assinalou que «rezar pelos defuntos é um ato de digno e nobre»

«A morte não é a última palavra sobre o ser humano porque a vida continua de maneira diferente» – D. Manuel Quintas

Foto Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Faro, 03 nov 2023 (Ecclesia) – O bispo do Algarve presidiu à Eucaristia da “comemoração de todos os fiéis defuntos”, em Faro, e afirmou que “aqueles que morreram estão vivos”, por isso, é importante tê-los presentes na oração, confiá-los à bondade e misericórdia de Deus”.

“Rezar pelos defuntos é um ato de digno e nobre, sobretudo quando fundamentado na fé na ressurreição; mas todos os dias”, disse D. Manuel Quintas, na Eucaristia que presidiu na igreja de São Luís, em Faro, informa o jornal ‘Folha do Domingo’.

O bispo do Algarve realçou que “aqueles que morreram estão vivos”, por isso, é importante “tê-los presentes na oração, confiá-los à bondade e misericórdia de Deus”, e explicou que estão vivos como tinham rezado no prefácio, “a vida não acaba, apenas se transforma”.

“A morte não é a última palavra sobre o ser humano porque a vida continua de maneira diferente. E é isso que nos motiva e mobiliza à oração pelos defuntos”, acrescentou D. Manuel Quintas.

O bispo diocesano salientou que rezar pelos defuntos significa também “olhar para a própria vida”, porque eles apenas “precederam na morte”, todos vão “a caminho” e essa é “uma certeza indesmentível porque é a lei da vida”.

“Também nós estamos aqui de passagem. Não temos aqui morada permanente: aquilo que nos espera, esse encontro com Deus que deve ser vivido na esperança e na confiança sempre apoiados nesta verdade fundamental, Cristo ressuscitou, nós também vamos ressuscitar”, observou.

“Só não sabemos nem o dia, nem a hora, nem como, mas não seremos surpreendidos por quem vamos encontrar porque já o conhecemos e Ele também nos conhece a nós. É um encontro de amigos. Isso deve despertar em nós confiança e ao mesmo tempo a esperança de que tudo o que Ele nos disse se vai concretizar nesse momento.”

Foto Samuel Mendonça/Folha do Domingo

A Eucaristia na igreja de São Luís foi concelebrada pelos párocos da cidade de Faro, os cónegos César Chantre e Rui Barros, pelo padre António Moitinho, com o serviço do diácono Rogério Egídio.

O jornal diocesano ‘Folha do Domingo’ informa que o bispo do Algarve não presidiu à comemoração de todos os fiéis defuntos no Cemitério da Esperança devido às adversas condições climatéricas.

No domingo, dia 5 de novembro, o Cabido da Catedral de Faro promove a também habitual Eucaristia pelos bispos, cónegos, sacerdotes e diáconos falecidos da Diocese do Algarve; D. Manuel Quintas preside na Sé, pelas 18h00.

O dia 2 de novembro, no calendário católico, está reservado para a “comemoração de todos os fiéis defuntos”, celebração que remonta ao final do primeiro milénio: foi o Abade de Cluny, Santo Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da sua Ordem se fizesse nesta data a evocação de todos os defuntos ‘desde o princípio até ao fim do mundo’.

Este costume depressa se espalhou: Roma oficializou-o no século XIV e no século XV foi concedido aos dominicanos de Valência (Espanha) o privilégio de celebrar três Missas neste dia, prática que se difundiu nos domínios espanhóis e portugueses e ainda na Polónia.

Durante a I Guerra Mundial, o Papa Bento XV generalizou esse uso em toda a Igreja (1915).

CB

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Agência ECCLESIA

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