Marcelo Rebelo de Sousa escreveu no prefácio que obra trata as quatro vidas do advogado: família, fé, advocacia e política
Lisboa, 20 out 2023 (Ecclesia) – António Pinto Leite, advogado e antigo dirigente político, apresentou o livro autobiográfico ‘Não há vidas grátis’, esta quinta-feira, em Lisboa, num almoço na Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE).
“Nós somos eternos, não precisamos de ser posteriores”, disse António Pinto Leite, durante a apresentação, onde revelou que o livro começou por ser para a família, rejeitando que tenha sido lançado para a posterioridade.
Sobre a decisão de publicar este livro autobiográfico, o autor confessou que bastava um elemento da sua família não autorizar, para a obra não ser lançada, e apesar de os filhos temerem a posição de fragilidade em que António Pinto Leite ia ficar, o advogado explicou que “a vulnerabilidade, com o sentido do outro, pode ser uma força e não uma fraqueza”.
O antigo presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores, e antigo dirigente do PSD, revelou também que depois de ter escrito ‘Não há vidas grátis’, pediu várias opiniões sobre se a obra era ou não publicável.
Duas dessas figuras foram Marcelo Rebelo de Sousa e Aníbal Cavaco Silva, por quem o advogado tem “uma admiração enorme” e “um amor fraternal” e que foram importantes para a publicação do livro autobiográfico.
“Ambos me determinaram a publicar”, afirmou António Pinto Leite, que desvenda ainda que o chefe de Estado leu a obra em 24 horas, e Cavaco Silva em três dias.
Com o prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa, a obra de caráter intimista aborda as quatro vidas de António Pinto Leite, segundo o presidente da República: família, fé, advocacia e política.
“A vida de António Pinto Leite é feita de várias e riquíssimas vidas. E, entre essas peças de uma tocante personalidade, existe uma lógica de conjunto, rara de encontrar”, pode ler-se no prefácio.
De acordo com a editora Sopa de Letras, no livro ‘Não há vidas grátis’ o autor abre as portas da intimidade, “descrevendo o seu deserto agnóstico, a reconversão e a interferência de Deus na sua vida”, terminando com um diálogo de amor com a morte, em busca de uma estratégia para a eternidade.
A ACEGE, constituída em 1952, sob a denominação UCIDT – União Católica de Industriais e Dirigentes de Trabalho, é uma associação sem fins lucrativos e tem personalidade jurídico-canónica e civil, nos termos do artigo 10 da Concordata entre a Santa Sé e o Estado Português e do Cânone 215 do Código de Direito Canónico.
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