Bispo do Funchal incentiva acção dos Vicentinos

Uma “mensagem de congratulação e de estímulo” foi deixada pelo Bispo do Funchal aos representantes das 29 Conferências Vicentinas existentes na diocese, no final do encontro realizado ontem sob o lema da “caridade inventiva”. D. António Carrilho destacou então a “pedagogia da caridade, da relação discreta, da proximidade pessoal, da atenção aos mais pobres, de uma acção que não quer dar nas vistas”, mas “ser presença e resposta renovada às necessidades que vão surgindo”. O trabalho das Conferências mereceu por isso o elogio do Bispo do Funchal que, em declarações aos jornalistas, voltou a definir a caridade como o serviço do amor, “faz muita falta; por mais justa que seja a sociedade, nunca o amor-caridade poderia dispensar-se da sua presença e da sua acção própria”. No entanto, “não queremos a caridadezinha no mau sentido, mas caridade pessoal, simples, discreta, junto de quem mais precisa. Estou convencido de que o esforço destas pessoas e a preocupação por parte dos seus responsáveis dão-me a entender que estão na direcção correcta”, disse. Sociedade diferente exige renovação Fundadas a meados do século XIX, em Paris, por Frederico Ozanam, as Conferências de S. Vicente de Paulo continuam actuais. Agora, “é preciso renovar para uma sociedade diferente, onde surgem novas necessidades e carências, pobreza envergonhada”, apelou D. António Carrilho. Mais do que a preocupação em saber qual o número de pobres existente, ou as estruturas sociais a criar, o mais importante é concretizar a “acção mista” das Conferências, baseada na relação pessoal, de proximidade, com o apoio do grupo que “vê com o coração as necessidades dos irmãos. As estruturas assistam-se, as pessoas amam-se”, sublinhou o Bispo do Funchal. Homenagem a todos os vicentinos “Não tenho razão nenhuma para ser homenageada, só tenho o mérito de ternascido numa família de vicentinos”, disse D. Maria Almada Cardoso quando interrogada pelos jornalistas sobre a homenagem que tinha recebido das Conferências na nossa diocese. “O meu avô fez parte da segunda Conferência fundada em Portugal, em São Pedro. Conheci todos aqueles que nessa altura trabalharam nos vicentinos. Agora (actualmente com 96 anos de idade) perguntava a Deus porque andava ainda neste mundo… . Agora compreendi, foi para levar aos que já partiram aquilo que hoje pensam deles. Não é para mim. Estou pronta para quando chegar ao céu lhes entregar a homenagem que lhes foi feita”, afirmou com profunda serenidade. O Dia Vicentino no Funchal registou significativa participação de membros das Conferências, ficou ainda marcado pela intervenção do Pe. Manuel Bernardo Martins, da Congregação da Missão (Padres Vicentinos) que falou sobre a “Caridade inventiva até ao infinito” ; e da presença de muitos sacerdotes.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top