D. António Marto saúda decisão do Vaticano

Antecipação do processo da Ir. Lúcia é «reconhecimento do testemunho de Fátima» em todo o mundo A notícia da antecipação da abertura dos prazos de beatificação da Irmã Lúcia mostra o “reconhecimento da importância da santidade de que Lúcia foi testemunha e memória viva”. Para D. António Marto, Bispo de Leiria–Fátima, a Irmã Lúcia foi a testemunha e “memória viva da irradiação da mensagem de Fátima. Foi a figura que a viveu na primeira pessoa”. Enquanto Bispo de Leiria–Fátima, e “em nome dos milhares de peregrinos que acorrem ao Santuário de Fátima” a notícia foi recebida com “grande alegria e satisfação”, manifesta D. António Marto à Agência ECCLESIA. Bento XVI decidiu antecipar o início do processo de beatificação da Irmã Lúcia, após aceitar o pedido de dispensa do período de espera de cinco anos após a morte da Vidente de Fátima. O aguardado anúncio foi feito ontem, Quinta-feira, de forma oficial, no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, pelo Cardeal José Saraiva Martins, por ocasião do assinalar do terceiro aniversário da morte da vidente. O exemplo da Ir. Lúcia é um “apelo à conversão de santidade na vida quotidiana, com vista ao melhoramento do mundo”, aponta D. António Marto, e mostra como “a santidade não é algo intimista, reduzido a um espaço privado, mas tem repercussão para a vida do mundo e da Igreja”. “A santidade é um dos maiores contributos para a renovação do mundo”, aponta. Esta antecipação da abertura do processo é a terceira excepção aprovada pelo Vaticano. O Bispo de Leiria Fátima considera que João Paulo II, Madre Teresa de Calcutá e a Ir. Lúcia são três figuras relevantes a nível mundial, embora cada qual a seu nível. “O Papa João Paulo II dada a sua missão de pastor universal e a Madre Teresa enquanto testemunha da caridade no meio do mundo da miséria”. A figura da Ir. Lúcia é o “testemunho da humildade, simples, quotidiana mas ao mesmo tempo irradiante e contagiante”. Esta excepção insere-se “no significado que a mensagem de Fátima tem para a renovação do mundo”, analisa D. António Marto. O início do processo de beatificação dará um maior realce a Fátima porque a Ir. Lúcia foi “testemunha directa da mensagem”, mas o Bispo de Leiria – Fátima acredita que a mensagem “é reforçada pelo testemunho daqueles que a vivem”, não pelo início do processo. D. António Marto sublinha que a antecipação do processo “foi obra de D. Albino Cleto e da diocese de Coimbra, com os contributos que o Santuário pode prestar”. Enquanto iniciativa da diocese de Coimbra e de D. Albino Cleto, este assunto não foi abordado no encontro que o Bispo de Leiria-Fátima teve em Novembro passado com Bento XVI, por ocasião da visita Ad limina.

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