Oscars, a Grande Festa do Cinema

A entrega dos Oscars, o mais famoso prémio de cinema do mundo (atribuído anualmente pela Academia das Artes e Ciências Cinematográficas), tem sido uma das vias de afirmação do cinema americano que, embora nesta distinção inclua filmes estrangeiros, dedica a mesma sobretudo à sua própria casa. Não só o prémio de cada um é desejado e, quando recebido, profusamente divulgado, como a simples pré-selecção constituída pelas Nomeações se tornou, desde há muito, uma competição com vida própria. De finais de Janeiro (nomeações) a finais de Fevereiro (atribuições) multiplicam-se as acções de marketing e as alterações de datas de estreias, entrando-se no jogo difícil e perigoso de adiar para depois da atribuição, quando se conta com estas, ou antecipar, no caso das nomeações recebidas se considerarem, secretamente, pouco promissoras, havendo que tirar o proveito da divulgação logo à partida. Todo este processo se verifica no ano corrente, como acontece anualmente desde 1927. Nem a Guerra 1939-45 interrompeu o processo, numa continuidade exemplar, até à data não desmentida. 2008 (em termos de entrega), 2007 (em termos de estreia comercial) é mais um par de anos que está lançado, sendo inevitável que, a 24 de Fevereiro se conheçam os felizes premiados. A cerimónia de entrega, sempre de grande luxo e transmitida para o mundo através das televisões de muitos e muitos países, é uma vertente importante que está em risco. Da sua concretização depende boa parte do marketing a desenvolver sobre os filmes premiados, mas a greve dos argumentistas americanos – que já levou ao cancelamento da cerimónia de entrega dos Globos de Ouro, substituída por uma conferência de Imprensa – encontra-se em vias de solução, mas só com mais um pequeno passo não assistiremos a um triste cancelamento de uma cerimónia que, embora tenha uma forte componente de feira de vaidades não deixa de entusiasmar muitos entusiastas da 7ª Arte. Francisco Perestrello

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