Igreja no Brasil critica actuação do governo na Amazónia

A Igreja Católica no Brasil criticou ontem as políticas agro-energéticas do governo brasileiro, acusando-as de estimular a devastação da Amazónia e ameaçar a subsistência de comunidades tradicionais. “Não podemos ignorar o desmatamento de madeireiros que violam as leis do país e ameaçam tribos indígenas e outros que dependem da Amazônia”, disse o bispo Guilherme Antonio Werlang ao lançar a Campanha da Fraternidade 2008, que este ano apresenta o tema “Fraternidade e Defesa da Vida” e tem como lema “Escolhe, pois a vida”. O bispo de Ipameri lembrou que a Campanha não considera como ameaça à vida somente o aborto e eutanásia, mas “todas as situações que ofendem a dignidade da vida humana, num olhar integral sobre a pessoa humana”, citando como exemplos os programas de energia, “que deterioram os rios e as terras, em detrimento da segurança alimentar e nutricional”. “Defender a vida humana significa defender a reforma agrária e os direitos dos pobres da terra. A luta pela biodiversidade, pela ecologia, é uma bandeira que deve ser levada adiante. Proclamar o valor da vida deve ser compromisso de todos os cristãos”, afirmou D. Guilherme.

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