D. Rui Valério vai completar o primeiro mês como patriarca, «uma experiência muito ambivalente» e «fascinante»
Lisboa, 29 set 2023 (Ecclesia) – O novo patriarca de Lisboa disse que o primeiro mês no patriarcado “tem sido uma experiência muito ambivalente, de certa forma fascinante” e adiantou que já conversou com o Papa Francisco sobre a nomeação de novos bispos auxiliares.
“Já falei com o Papa acerca disso e o Papa deu-nos autorização para lhe apresentar três nomes de proposta para futuros bispos auxiliares”, disse D. Rui Valério, esta quinta-feira, aos jornalistas.
“Convido-vos a todos que comecemos a rezar em prol desse objetivo”, acrescentou, nas declarações após a apresentação do programa pastoral 2023/2024 do Setor da Juventude, num bar, no Cais do Sodré.
O novo patriarca de Lisboa tomou posse no dia 2 de setembro, quando a Diocese de Lisboa tinha dois bispos auxiliares, após a morte, por doença, de D. Daniel Batalha Henriques, em 2022: D. Joaquim Mendes, com 75 anos, a idade limite imposta pelo Direito Canónico para o exercício da missão, e D. Américo Aguiar, que no dia 21 foi nomeado bispo de Setúbal, e vai criado cardeal, este sábado.
Quase a completar um mês desde que iniciou este serviço à Diocese de Lisboa e à Igreja, D. Rui Valério afirmou que “tem sido uma experiência muito ambivalente” e “fascinante”.
“Por um lado vivemos a surpresa do desconhecido mas por outro lado tem sido um mês de certa forma fascinante, porque escutar, quando vou na rua, pessoas que dizem ‘Sr. Patriarca, nós estamos sempre consigo, força’, ou ‘Sr. Patriarca, aquilo que precisar basta só dizer’, isto enche a alma a um ser humano, faz-nos sentir companheiros”, explicou.
“Companheiros de rota de tanta gente, de todos os lisboetas que verdadeiramente estão marcados e estão interessados em construir uma proposta de vida”, realçou.
D. Rui Valério, que era bispo do Ordinariato Castrense, a Diocese das Forças Armadas e de Segurança, desta que, após a edição internacional da Jornada Mundial da Juventude 2023 na capital portuguesa, de 1 a 6 de agosto, “não é só a cidade, a sociedade, que está com os olhos atentos naquilo que vai acontecer”.
“O próprio mundo tem ainda os olhos fixos em Lisboa, ainda não os desviou, exatamente para captar que impulsos, para captar que rumo, para captar que desafios vão caracterizar o novo tempo. Por isso, verdadeiramente, Lisboa ainda não deixou de ser a capital, a capital universal. Numa determinada sintonia”, desenvolveu, adiantando que ainda tem “contacto bastante periódico” com bispos militares de outros países, que perguntam “e agora, por onde vão, o que fizeste”.
A primeira edição internacional da Jornada Mundial da Juventude em Portugal, em Lisboa, juntou mais de 1,5 milhões de participantes nas celebrações conclusivas, presididas pelo Papa Francisco, nos dias 5 e 6 de agosto, no Parque Tejo.
CB/PR