Opção pelos pobres conduz renúncia quaresmal dos madeirenses

Os pobres da diocese do Funchal vão, este ano, receber parte da renúncia quaresmal. A diocese quer prestar uma ajuda mais eficaz às situações de pobreza real, “muitas vezes envergonhada”, que algumas instituições da Igreja acompanham “numa relação muito próxima e personalizada”. D. António Carrilho anunciou também que para Moçambique segue uma ajuda financeira, numa altura em que o país lusófono enfrenta “as piores cheias dos últimos anos”. O anúncio do destino da renúncia quaresmal foi ontem apresentado pelo Bispo do Funchal, na homilia da celebração eucarística de Quarta feira de cinzas. D. António Carrilho lembrou a generosidade de muitos que trabalham junto dos mais pobres. A actividade da Caritas Diocesana, das Conferências de S. Vicente de Paulo e de um número significativo de Instituições Particulares de Solidariedade Social que, “apesar das suas limitações e eventuais dificuldades”, trabalham com os mais carenciados “muitas vezes em regime de voluntariado”. No início da Quaresma, o Bispo do Funchal quis lembrar que este é um tempo de saborear e aprofundar o sentido do Baptismo “nas suas múltiplas implicações”. Para a diocese do Funchal “é particularmente forte o apelo a um compromisso sempre maior de testemunhar a caridade e construir a justiça”. D. António Carrilho frisou que a missão da Igreja exprime-se no serviço da caridade e que sem esta “não se poderá construir a justiça”. “A história do Homem mostra-nos que, somente com a justiça, não resolveremos os grandes problemas do Homem”. “A Igreja não poderá limitar-se à acção caritativa, mediante as suas próprias estruturas de assistência social, mas terá também de contribuir e de se empenhar para que a justiça se implante, para que se reconheça e realize aquilo que é justo”, sublinhou. Este é o tempo de passar “da estrita justiça à abundância da caridade”. A caridade da Igreja, apontou D. António Carrilho, “há-de manifestar-se na promoção da justiça, estimulando a participação dos cristãos na sociedade civil, em acções e instituições de defesa dos direitos humanos, nomeadamente nos domínios da família e da vida, do trabalho e da economia, da educação e da saúde”. E a sociedade precisa de cristãos comprometidos “porque é urgente levar Cristo para o meio da vida das pessoas, com palavras e obras carregadas de ânimo e de esperança, para que ninguém desanime e todos se levantem, sempre, com novo vigor”. Notícias relacionadas Mensagem do Bispo do Funchal para a Quaresma de 2008

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