«Este Plano para 2023/24 será como um ‘Tempo Zero’», explicou D. Armando Esteves Domingues
Angra do Heroísmo, Açores, 26 set 2023 (Ecclesia) – O bispo de Angra disse que o Plano Pastoral “para 2023/24 será como um ‘tempo zero’, e mobilizou a Igreja diocesana a pensar e participar na realização destes planos, até à celebração dos 500 anos da diocese, em 2034.
“Este Plano para 2023/24 será como um ‘Tempo Zero’ para, depois, olharmos os seguintes nove anos até aos 500 anos da nossa Diocese que procuraremos dividir em Planos plurianuais”, explicou D. Armando Esteves Domingues, numa mensagem enviada à diocese, informa o portal ‘Igreja Açores’.
O responsável diocesano propõe uma temática centrada na esperança para o plano pastoral do próximo biénio, em sintonia com a Igreja Universal que celebra o Jubileu 2025, com o lema ‘Peregrinos da Esperança’.
Olhando para este ano pastoral, ocorre-nos a palavra Esperança! Se sinodalidade joga fraternidade, a esperança joga com ânimo e alegria de viver. Animemo-nos, então, reciprocamente, amemo-nos antes de tudo como Jesus manda, aproximemo-nos e caminhemos lado a lado com cada desanimado e sem esperança. É aí que Jesus nos espera, é aí que se alimenta e partilha a nossa esperança”.
Sobre a metodologia, o bispo de Angra pretende que o próximo plano pastoral possa ser o reflexo de um caminho de discernimento conjunto, envolvendo sacerdotes, religiosos e leigos, entre eles os jovens, “aproveitando as dinâmicas criadas” pela Jornada Mundial da Juventude de Lisboa.
Segundo D. Armando Esteves Domingues, todos precisam de “fazer caminho, talvez lento para ser seguro”, mas decidido e “com o olhar fixo numa Igreja mais comunhão, mais participação e com a missão mais partilhada”, segundo o antigo princípio eclesial: “o que diz respeito a todos, por todos deve ser discutido e aprovado”.
No início do primeiro ano pastoral do seu episcopado, a entrada solene na diocese foi no dia 14 de janeiro deste ano, o bispo de Angra convida a olhar para a pastoral diocesana e “renová-la a ‘partir de baixo’, das pessoas, dos problemas de cada dia, para começar a ganhar forma uma Igreja sinodal”, e fazer dos conselhos, grupos paroquiais, secretariados, “uma escola de escuta e partilha”.
“Desejamos que o Plano que se traçar parta das bases: iniciar uma prática que faça escola para o futuro, em que iremos sempre melhorando. Agora será onde possível, no futuro será em todas paróquias; sugere-se que, no futuro, cada paróquia, grupos de paróquias, de zonas ou Ouvidorias, movimentos, etc. procurem refletir e elaborar um Plano próprio, identificar necessidades e eleger uma ou outra prioridade, seja na formação laical e dos ministérios vários, na Liturgia, caridade, catequese ou outras”, desenvolveu.
D. Armando Esteves Domingues assinala que não vão ter pressa “nem pretender fazer tudo de repente”, mas vão começar por escolher os diversos órgãos de participação sinodal na diocese que querem que “venham verdadeiramente a funcionar sinodalmente – Ouvidores, Conselho Presbiteral e Conselho Pastoral Diocesano -, indicando que “seria bom dar força aos membros leigos dos conselhos pastorais paroquiais e de Ouvidoria e, depois, escolher o Conselho”.
Para ajudar à reflexão, um grupo de trabalho, composto por sacerdotes e leigos, deverá ter o Plano Pastoral escrito até à Solenidade do Cristo Rei, no dia 26 de novembro, informa o sítio online diocesano ‘Igreja Açores’.
CB/OC