A ONU criticou as restrições impostas por Israel, no acesso aos lugares santos. A responsável pela Liberdade de Religião da Organização das Nações Unidas, Asma Jahangir, afirmou que em muitos casos, essas medidas impedem a realização de ritos religiosos cristãos e muçulmanos. “O governo de Israel informou-me que as restrições são necessárias por razões de segurança, mas qualquer medida para combater o terrorismo deve respeitar as obrigações internacionais dos Estados”, afirmou Asma Jahangir, num comunicado divulgado pela ONU, em Genebra. A responsável da ONU concluiu recentemente uma missão a Israel e aos territórios palestinos ocupados, durante a qual se reuniu com representantes das diversas comunidades religiosas e de ONGs- Organizações não-governamentais. Segundo Asma Jahangir, as restrições impostas pelas autoridades israelenses, no que diz respeito ao acesso aos lugares santos são “desproporcionais”, além de “discriminatórias e arbitrárias”. Asma Jahangir manifestou-se “surpresa” pelo facto de os moradores dos territórios palestinos terem que indicar a sua pertença religiosa na sua identidade, o que implica um “grave risco de abuso”. “Quero enfatizar que a liberdade de religião e de crença inclui também o direito de não crer”, afirmou Asma. Qualquer violência cometida em nome da religião, seja por parte de colonos, ou sob a forma de ataques suicidas de extremistas, devem ser denunciadas, investigadas e punidas afirmou a responsável da ONU à agência de notícias espanhola EFE. Com Rádio Vaticano