Bispo português vai ser criado cardeal a 30 de setembro, no Vaticano
Lisboa, 18 set 2023 (Ecclesia) – D. Américo Aguiar, que vai ser criado cardeal pelo Papa a 30 de setembro, apresentou as suas novas armas de fé, com o brasão cardinalício, do designer heráldico italiano Giuseppe Quattrociocchi.
“Para além do galero cardinalício, constituído por 30 borlas e que é a marca de todos os cardeais da Igreja, o novo brasão ostenta as cores da bandeira portuguesa: o vermelho, cor do sangue e associada ao martírio e à especial missão que é confiada aos membros do colégio cardinalício; o verde, símbolo da esperança que aponta para Cristo Vivo e ainda uma cotica ondulada de ouro, numa evocação da JMJ Lisboa 2023”, explica uma nota enviada hoje à Agência ECCLESIA.
A nota precisa que as cinco chagas de Cristo, dispostas em cruz,” são ainda elementos da bandeira portuguesa que constam nestas novas armas de fé”.
A Flor de Nardo, que evoca São José e a Estrela de Sete Pontas, símbolo da Virgem Maria, dois dos elementos do brasão pontifício do Papa Francisco, constam também deste brasão, como “tributo de gratidão ao Santo Padre”.
Natural da Diocese do Porto, D. Américo Aguiar nasceu a 12 de dezembro de 1973 e foi ordenado sacerdote em 2001; desde 2016, é presidente das empresas do Grupo Renascença Multimédia, tendo sido nomeado bispo auxiliar de Lisboa pelo Papa Francisco, a 1 de março de 2019.
Foi ordenado bispo no Porto a 31 de março de 2019, numa cerimónia que decorreu na Igreja da Trindade, sob a presidência do cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.
D. Américo Aguiar tem como lema episcopal as últimas palavras de Jesus na cruz, ‘In manus tuas’ (Nas tuas mãos), em homenagem a D. António Francisco, que o adotou também.
Em 2014, o prelado publicou o livro ‘Um padre na aldeia global – Evangelização e o Desafio das Novas Tecnologias’, resultado de uma investigação para o curso de Mestrado em Ciências da Comunicação.
Portugal teve até hoje 46 cardeais, a começar por Mestre Gil (também aparece com o nome de Egídio), criado pelo Papa Urbano IV (1195- 1264).
Este será o nono consistório do atual pontificado, após os realizados a 22 de fevereiro de 2014, 14 de fevereiro de 2015, 19 de novembro de 2016, 28 de junho de 2017, 28 de junho de 2018, 5 de outubro de 2019, 28 de novembro de 2020 e 27 de agosto de 2022.
O Colégio Cardinalício tinha inclui cinco portugueses: D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima, D. José Tolentino Mendonça, arquivista e bibliotecário da Santa Sé, todos criados pelo Papa Francisco e eleitores num eventual conclave; D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor emérito; e D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, ambos com mais de 80 anos.
Este será o nono consistório do atual pontificado, após os realizados a 22 de fevereiro de 2014, 14 de fevereiro de 2015, 19 de novembro de 2016, 28 de junho de 2017, 28 de junho de 2018, 5 de outubro de 2019, 28 de novembro de 2020 e 27 de agosto de 2022.
81 dos atuais eleitores foram escolhidos pelo Papa Francisco; 13 cardeais cumprem 80 anos de idade nos próximos 12 meses, deixando de poder votar num eventual Conclave.
A partir de 30 de setembro, o Colégio Cardinalício vai contar com representantes de 90 países, dos cinco continentes; 69 nações estão representadas entre os eleitores num eventual Conclave.
O grupo dos 137 cardeais com menos de 80 anos vai ficar concentrado (46%) em nove países: Itália (15), EUA (11), Espanha (8), França (7), Brasil (6), Índia (5), Portugal (4), Polónia (4) e Argentina (4).
OC
Vaticano: Papa anuncia criação de D. Américo Aguiar como cardeal (c/vídeo)