Cheias e sismos atingiram países do norte de África, provocando milhares de mortes
Cidade do Vaticano, 13 set 2023 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje à solidariedade para com as populações da Líbia e Marrocos, que nos últimos dias foram atingidas por desastres naturais que provocaram milhares de mortes, feridos e desalojados.
“O meu pensamento dirige-se às populações da Líbia, duramente atingidas por chuvas violentas, que provocaram cheias e inundações, causando numerosos mortos e feridos, além de danos elevados”, disse Francisco, no final da audiência pública semanal, que decorreu na Praça de São Pedro.
O número de mortos pelas cheias na Líbia ultrapassa os 5 mil e há milhares de pessoas ainda desaparecidas.
“Convido todos a unir-se à minha oração pelos que perderam a vida, pelos seus familiares e os desalojados. Que não falte a nossa solidariedade com estes irmãos e irmãs, tão provados por esta calamidade”, acrescentou o Papa.
O responsável na Líbia da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho Tamer Ramadan adiantou que há 10 mil pessoas desaparecidas e um número “enorme” de mortes.
Já o primeiro-ministro do Governo do leste da Líbia, Ossama Hamad, disse que muitos dos desaparecidos terão sido levados pelas águas depois de duas barragens terem ruído, na segunda-feira.
Francisco recordou ainda as vítimas do sismo da última sexta-feira, em Marrocos, que provocou mais de três mil mortos e milhares de feridos.
“O meu pensamento dirige-se também ao nobre povo marroquino, que sofreu estes tremores de terra, estes terramotos. Rezemos por Marrocos, rezemos pela população, para que o Senhor lhes dê a força de recomeçar”, apelou.
O encontro semanal com peregrinos de vários países contou com a habitual mensagem do Papa em favor da “martirizada Ucrânia”.
“Os seus sofrimentos estão sempre presentes na nossa mente e no nosso coração”, indicou o pontífice.
Francisco pediu que ninguém seja “espectador” perante a guerra, apelando a um compromisso “ativo por um mundo mais justo e mais pacífico, cada um segundo as próprias possibilidades e forças”.
O enviado especial do Papa para a missão de paz na Ucrânia, cardeal Matteo Zuppi, inicia hoje uma visita de três dias a Pequim.
OC