Mohamed Hegazi, egípcio de 25 anos, viu hoje um tribunal do Egipto rejeitar o seu pedido de inscrever o Cristianismo como a religião que professa, no Bilhete de Identidade. Segundo a AFP, este muçulmano convertido há nove anos não foi reconhecido como cristão por não ter seguido os procedimentos legais necessários. A sentença, contudo, faz observações de outra ordem, afirmando que “as religiões monoteístas foram enviadas por Deus numa ordem cronológica” e que o facto de passar para uma religião mais antiga é “invulgar”. O tribunal considera que a conversão de Hegazi afasta-o “do caminho direito e ameaça os princípios, os valores e os preceitos do Islão, bem como as tradições egípcias”. Mohamed Hegazi e a sua mulher, também ela convertida, desejam oficializar essa mudança no seu bilhete de identidade, para que o filho que vai nascer seja considerado cristão. Contudo, uma fatwa (resposta jurídica sobre uma questão doutrinal) pronunciada pela universidade islâmica de Al Alzahr condena-o à morte. Hegazi e a sua mulher perderam o apoio das suas famílias, vivem na clandestinidade e recebem ameaças telefónicas todos os dias, mas não pretendem abandonar o seu país. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre