Francisco pede orações pela paz, recordando povo da Ucrânia
Cidade do Vaticano, 20 ago 2023 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje ao fim da violência no Níger, pedindo orações pela paz em todos os países atingidos por conflitos, com referência especial à Ucrânia.
“Sigo com preocupação o que está a acontecer no Níger, uno-me ao apelo dos bispos em favor da paz no país e da estabilidade na região do Sahel”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.
Francisco manifestou o seu apoio aos esforços da comunidade internacional para “encontrar, o mais rapidamente possível, uma solução pacífica para o bem de todos”.
“Rezemos pelo caro povo do Níger”, acrescentou.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) ordenou na quinta-feira a “ativação imediata” de uma força regional para “restaurar a ordem constitucional” no Níger, na sequência do golpe de Estado de 26 de julho.
O país africano está sob um regime militar.
“Invoquemos a paz para todas as populações feridas por guerras e violências. Rezemos especialmente pela Ucrânia, que sofre há tanto tempo”, apelou o Papa.
Na sua reflexão dominical, Francisco falou da necessidade de ser como Deus, firme, mas não “rígido”, para poder “mudar” de plano.
“O amor é criativo, e nós, cristãos, se quisermos imitar Cristo, somos convidados à disponibilidade da mudança”, precisou.
Como nos faz bem, nos nossos relacionamentos, mas também na nossa vida de fé, ser dóceis, ouvir verdadeiramente, ser movidos pela compaixão e pelo bem dos outros, como Jesus com a mulher cananeia. A docilidade para mudar”.
A reflexão partiu de uma passagem do Evangelho segundo São Mateus que relata o encontro de Jesus com uma mulher cananeia, fora do território de Israel (Mt 15,21-28).
“Ela não é rica de conceitos, mas de factos: a mulher cananeia aproxima-se, prostra-se, insiste, mantém um diálogo íntimo com Jesus, supera todos os obstáculos para falar com Ele. Aqui está a concretude da fé, que não é um rótulo religioso, mas um relacionamento pessoal com o Senhor”, observou o Papa.
OC