JMJ 2023: Estádio do Algarve viveu festa inédita com Missa de envio de jovens peregrinos (C/fotos)

Celebração encerrou programa dos «Dias nas Dioceses», que deixam marca nas comunidades católicas

Faro, 31 jul 2023 (Ecclesia) – O Estádio do Algarve acolheu este domingo milhares de peregrinos, portugueses e estrangeiros, que participaram na Missa de envio para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), após dias de preparação, nas comunidades locais, com atividades religiosas e culturais.

D. Manuel Quintas, bispo do Algarve, disse à Agência ECCLESIA que estes dias de convívio com os peregrinos de vários países foram muito “enriquecedores” e vão deixar “marca” na diocese.

“Foi uma experiência muito gratificante para todos”, assinalou.

Segundo o responsável, os peregrinos sentiram-se “em casa” e manifestaram a sua “alegria e entusiasmo”, permitindo a todos viver a JMJ, num encontro de “línguas, culturas, cantos, cores”.

“Dentro da Jornada Mundial, não valorizava muito estes Dias nas Dioceses, mas tenho de reconhecer que são muito importantes”, assinala.

Para o futuro, D. Manuel Quintas espera que os jovens algarvios se deixem “contagiar por este entusiasmo”, inspirados pelo esforço do grupo da Oceânia que passou três dias em viagens de avião até chegar a Portugal.

D. José Alfredo Caires, religioso dehoniano e bispo de Mananjary, em Madagáscar, está no Algarve com uma delegação malgaxe, a caminho de Lisboa, superando as dificuldades económicas.

“Temos um grupo de quase 70 pessoas, que se comprometeram e fizeram um esforço. É um encontro muito importante para todos, sobretudo para os jovens católicos”, indica o missionário madeirense.

O responsável lamenta a falta de oportunidades laborais para a juventude de Madagáscar, considerando importante o diálogo com jovens de outras proveniências.

“Uma viagem destas é um sonho”, assinala.

Carolina Dias, de Lagos, acolheu jovens na sua casa, durante estes ‘Dias nas Dioceses’ e mostra-se muito feliz pela sua decisão, falando de uma experiência “muito gratificante”.

“Tem sido fabuloso, muito divertido, temos gente de vários sítios do mundo”, aponta, admitindo que a presença dos peregrinos “altera um bocadinho” a rotina da casa.

“De certeza que nos vamos voltar a ver”, acrescenta.

Fátima e Nuno, de Faro, com a sua filha Jacinta, também foram família de acolhimento e dizem que foi um tempo “tranquilo”, também pela sua experiência como participantes na JMJ.

“O portunhol imperou lá em casa, nestes dias”, graceja Fátima.

Nuno fez a viagem até Colónia, em 2005, de bicicleta, e quis retribuir a experiência marcante, em Portugal, acolhendo peregrinos.

Cátia Ventura esteve na JMJ de 2019, no Panamá, onde ficou impressionada com o número de pessoas que “vivem a mesma fé, mas de maneira diferente”.

“É possível estar na Igreja, celebrar a Missa, sem estar apenas sentados a ouvir o padre”, sublinha, evocando as imagens que mais a marcaram.

Gabriela Silva, que também viajou ao Panamá, transportando a bandeira de Portugal no desfile das nações, diz que é “um grande privilégio” receber uma Jornada no país, que recebe assim o Papa e milhares de jovens dos cinco continentes.

Marta Guerreiro, de Lagos, vai viver em Lisboa a sua primeira edição internacional da JMJ, esperando “dias inesquecíveis”.

Sofia Ventura também parte nesta viagem, para dias de “muita alegria, encontro com Deus e muita diversão”.

Letícia Marreiros explica que o grupo encontrou formas de financiamento, como venda de bolos e rifas, e preparou o “coração”, para este encontro mundial.

“Vamos aprender muito com esta Jornada”, aponta.

Entre os grupos presentes no Algarve estavam peregrinos mexicanos, de Monterrey

Juan Razo, encontro com o Papa e a vontade de “levar esperança às pessoas”, a partir do seu testemunho de fé.

“Esperamos descobrir o que Deus quer na nossa vida”

Javi Vallejo o trabalho “Muito grande” para financiar a viagem do grupo, com 120 pessoas,

Natália Segura parte agora para Lisboa com o desejo de “encontrar Deus em cada rosto”.

“O amor é universal”, acrescenta.

A Jornada Mundial da Juventude, que Portugal recebe pela primeira vez, é um encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, que reúne centenas de milhares de participantes durante cerca de uma semana, em iniciativas religiosas e culturais, sob a presidência do Papa.

Até hoje houve 14 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com uma celebração anual em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

HM/OC

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Agência ECCLESIA

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