Igreja pede segurança para os cristãos na Índia

Após a violência registada no Estado indiano de Orissa, durante o Natal, o Cardeal Telesphore Toppo, presidente do episcopado católico da Índia, pediu ao primeiro-ministro do país mais segurança para a minoria crente e respeito pela liberdade religiosa assegurada na Constituição. Quatro dias de violência extremista – de 24 a 27 de Dezembro – contra os cristãos e as suas instituições arrasaram impunemente várias localidades, especialmente no distrito de Kandhamal. Essa violência traduziu-se em mortos, feridos, desaparecidos, milhares de cristãos humilhados e destruição de lares, igrejas, diversas instituições e veículos. O balanço exacto ainda é desconhecido. A Conferência dos Bispos Católicos da Índia (CBCI) foi dando notícia desta explosão de violência «Hindutva» – ideologia hindu fortemente nacionalista –, cujo alvo principal foram os cristãos de Orissa, no Leste do país. Após ter visitado pessoalmente, de 2 a 4 de Janeiro, as áreas afectadas o presidente da CBCI informou pessoalmente o primeiro-ministro Manmohan Singh da situação e pediu a sua intervenção. A CBCI confirma que o governo local negou ao Cardeal o acesso às vítimas, mas este pôde receber testemunhos directos na Arquidiocese de Bhubaneshwar. D. Toppo fala da “destruição da paz e da harmonia de habitantes pobres”, as colossais perdas materiais e a dessacralização de igrejas, reduzidas a cinzas, “algo que feriu profundamente os sentimentos dos cristãos”. Nesta Terça-feira, o ICNS (Indian Catholic News Service) difundiu o pedido conjunto do United Christian Forum ao governo de Orissa para que este lhe permita distribuir ajuda. O ICNS cita números do ataque quanto à destruição completa de lugares da comunidade cristã: 53 igrejas (5 delas paroquiais), 5 conventos femininos, 4 residências sacerdotais, 7 casas de acolhimento (para 800 crianças), 2 centros vocacionais, mais de 500 lares e 126 escritórios. Redacção/Zenit

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