Vocação do jesuíta vai além do campo educativo

O Prepósito-Geral cessante da Companhia de Jesus, Pe. Peter-Hans Kolvenbach, considera que o assunto central da Congregação Geral dos Jesuítas, a decorrer em Roma, será necessariamente a eleição do seu sucessor. Em entrevista ao jornal “L’Osservatore Romano” e à Rádio Vaticano, o Pe. Kolvenbach indicou que ao escolher “um entre os milhares de Jesuítas capazes de chegar a ser Prepósito-Geral, a Companhia diz o que procura para o seu futuro: um profeta ou um sábio, um inovador ou um moderador, um contemplativo ou um homem de união”. Este responsável assinalou que embora “a rede das instituições educativas da Companhia seja tão vasta que muitos pensam que a Ordem foi fundada para o apostolado educativo”, a missão do Jesuíta “é muito ampla e não pode restringir-se a um só campo, por mais importante que seja”. Para o Pe. Kolvenbach, “o Jesuíta é um homem em missão: uma missão que recebe do Papa, dos seus superiores, mas em última instância do Senhor Jesus, ele mesmo enviado pelo Pai”. “Os Jesuítas desejam continuar esta missão entre os homens e as mulheres do nosso tempo, especialmente aonde há mais necessidade. Isto implica uma presença nas fronteiras, que noutro tempo foram as fronteiras geográficas do Cristianismo e que hoje são principalmente fronteiras entre o Evangelho e a cultura, entre a fé cristã e a ciência, entre a Igreja e a sociedade, entre a ‘boa notícia’ e um mundo conturbado e confundido”, afirma. O Pe. Kolvenbach assegura que “no esforço intelectual que deve caracterizar a universidade cristã, os Jesuítas do século XX querem seguir o caminho esboçado por Bento XVI em busca de uma fé que ilumina os esforços da razão”. “Quando um teólogo, em plena fidelidade ao Magistério, conseguir iluminar de maneira pessoal e criadora as trevas das nossas dúvidas e do nosso caminhar, constitui um verdadeiro dom do Espírito”, prosseguiu. Redacção/ACI

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