O dia 18 de Outubro ficará na história do CNE de Aveiro porque, no anfiteatro do Departamento do Ambiente da Universidade de Aveiro, procedeu-se à assinatura da escritura da cedência de um espaço para nele ser implantada uma nova sede para a Junta Regional do CNE – Corpo Nacional de Escutas (Escutismo Católico Português). A oferta veio da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), representada no acto pelo próprio presidente, Alberto Souto, que desafiou os escuteiros a concluírem a obra dentro de dois anos. A cerimónia, presidida por monsenhor João Gaspar, Vigário Geral da Diocese, contou com a presença, para além do autarca aveirense, do Chefe Regional, Norberto Correia, de Vítor Figueiredo, em representação do Chefe Nacional do CNE, de Vítor Faria, presidente nacional da Fraternidade Nuno Álvares, e de muitas dezenas de representantes dos Agrupamentos da Região. Monsenhor João Gaspar enalteceu a dedicação de tantos voluntários que contribuem no escutismo para a formação humana e moral de milhares de jovens “que encontra nas nossas paróquias, distinguindo-se também pelo cumprimento dos seu deveres religiosos”. Voluntários — sublinhou — “que não pretendem outra recompensa senão a da sua própria consciência”. Alberto Souto justificou a cedência do terreno “pelo excelente trabalho do CNE feito ao longo de tantos anos”, reconhecendo ser obrigação da CMA “criar condições para que os escuteiros possam trabalhar o melhor possível”. Ao lembrar que também foi “lobito”, sublinhou que o escutismo “dá padrões de referência, dá códigos de comportamento, dá princípios éticos”, mas ainda “dá técnicas de sobrevivência na selva urbana em que vivemos”. Entretanto, considerou ser “um acto de justiça a deliberação da câmara de doar o terreno e o edifício que lá está”, fundamentalmente para que “os escuteiros possam de facto ter condições à altura do belíssimo trabalho que têm desenvolvido”.
