Católicos vietnamitas exigem restituição de bens confiscados

Centenas de católicos vietnamitas reuniram-se este fim-de-semana em Hanoi para rezar e pedir a restituição das propriedades confiscadas pelo regime comunista. Sacerdotes e fiéis concentraram-se em frente a uma propriedade próxima da catedral de San José, na capital vietnamita, que era a residência do representante do Vaticano no país antes do Estado comunista confiscar a casa no final dos anos 50. “É propriedade da Igreja. Temos as escrituras de propriedade desde 1933”, declarou à AFP um sacerdote da diocese. Desde os anos 50, a construção serviu como discoteca e o seu grande jardim foi transformado em estacionamento de motos. Formada por oito milhões de pessoas (em uma população de 84 milhões de habitantes), a comunidade católica do Vietname é a mais numerosa do sudeste asiático. Desde 2004 vigora no país a legislação sobre “Crenças e Organizações Religiosas”, que bane as actividades religiosas não reconhecidas pelo Estado com base em critérios vagos de segurança nacional e exige aos líderes religiosos que sigam o princípio da “unidade nacional” e que eduquem os crentes sobre o patriotismo. O governo vietnamita não permite que se nomeiem directamente Bispos, mas exige que a Santa Sé apresente alguns nomes entre os quais o governo elege o candidato que considera oportuno. As autoridades decidem também os candidatos aos seminários e à ordenação sacerdotal. Neste país não existe presença estável de um Núncio Apostólico nem representante diplomático da Santa Sé.

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