Cáritas atenta ao conflito no Quénia

A confederação internacional da Cáritas manifestou a sua preocupação com a onda de violência que atingiu o Quénia, após o anúncio de Mwai Kibaki como vencedor das eleições de há uma semana. A organização católica para a solidariedade e a ajuda humanitária anunciou que já se encontra no terreno a prestar assistência às “milhares de pessoas que fogem dos seus lares por causa da insegurança”. As escolas e as igrejas são procuradas como locais de refúgio. A Cáritas fala da possibilidade de uma “deterioração da situação”, com consequências nefastas para o país e a região. O Presidente reeleito do Quénia, Mwai Kibaki mostrou ontem um tom mais conciliatório, numa altura em que o país está mergulhado numa espiral de violência que já fez mais de 300 mortos. A União Europeia e os Estados Unidos já instaram o Presidente do Quénia e o líder da oposição Raila Odinga a formarem um Governo de coligação. As eleições de 27 de Dezembro ficaram manchadas por suspeitas de irregularidades eleitorais e degeneraram em confrontos entre os apoiantes de Kibaki e Odinga, com os dois lados a trocarem acusações de estarem a praticar um genocídio. Os Bispos católicos do Quénia apelam ao diálogo entre os vários líderes políticos para resolver a crise, oferecendo-se para mediar a situação e pedindo uma recontagem dos votos. “Lançamos um apelo a todos os responsáveis, a fim de que procurem vias para o estabelecimento de uma comissão para auditar e rever o processo das eleições parlamentares e presidenciais”, referem numa declaração conjunta.

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