Bento XVI visita casa dedicada ao acolhimento de pobres e sem-abirgo, no Vaticano Bento XVI visitou esta manhã a casa “Dono di Maria” (Dom de Maria) do Vaticano, fundada há 20 anos por Madre Teresa de Calcutá, dedicada ao acolhimento de pobres e sem-abrigo. Logo à chegada, o Papa foi recebido com um colar de flores vermelhas e uma dança indiana pelas Missionárias da Caridade, Congregação fundada pela Beata de Calcutá. Bento XVI fez questão de frisar a existência de uma “cadeia de caridade cristã” que vai ao encontro de “tantas formas de necessidade e mal-estar”. Numa visita que durou pouco menos de uma hora, o Papa lembrou os gestos de “partilha e caridade concreta” realizados nesta casa, inaugurada por João Paulo II a 21 de Maio de 1988, apresentando-a como “sinal e exemplo para as comunidades cristãs” . “Como os Santos Magos, que vieram de longe para adorar o Rei-Messias, ide também vós, caros irmãos e irmãs, pelas estradas do mundo, seguindo o exemplo de Madre Teresa”, apontou Bento XVI. O Papa recordou que, enquanto Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, passou muitas vezes ao lado desta casa, onde pôde “apreciar o generoso serviço de caridade evangélica que as Missionárias da Caridade prestam há quase 20 anos, com a ajuda e a colaboração de tantas pessoas de boa vontade”. Para além da ajuda material, Bento XVI pediu que as religiosas comuniquem “a paixão de Cristo e o luminoso ‘sorriso de Deus’ que animou a existência de Madre Teresa”. O discurso papal foi pronunciado no refeitório das senhoras. Lembrando as celebrações natalícias destes dias, nas quais se manifesta a “infinita bondade de Deus”, o Papa disse que “é Natal sempre que permitimos que Jesus ame os outros através de nós”. Bento XVI cumprimentou vários dos presentes, assegurando que se encontrava ali para “dizer que o Papa vos quer bem e está próximo de vós”. Após o discurso, visitou o refeitório masculino e algumas mulheres doentes que recuperam nesta casa. Na antiga igreja de San Salvatore in Ossibus, o Papa encontrou-se com as religiosas, missionários leigos e o superior geral dos Irmãos contemplativos Missionários da Caridade, ouvindo uma saudação escrita enviada pela Irmã Nirmala, sucessora de Madre Teresa. Nesta casa vivem oito irmãs, seguidoras da Beata de Calcutá, que começam o seu dia com a oração e prosseguem com o trabalho junto dos mais pobres. A comunidade acolhe mulheres sem-abrigo (cerca de 50, neste momento) e oferece refeições aos homens, no final do dia. Já em 2007, o primeiro compromisso do Papa fora uma visita a um dos refeitórios sociais da Cáritas de Roma, onde deixou apelos em favor dos mais desprotegidos, “sem distinção de raça, religião ou cultura”. FOTO: Lusa