Defender a família é construir a paz

Defende Bispo de Viana do Castelo no Dia Mundial da Paz D. José Pedreira, no primeiro dia do novo ano, denunciou a hipocrisia que graça na humanidade que diz defender a paz mundial, mas, ao mesmo tempo, nega ou restringe dos Direitos da Família colocando, assim, em perigo os próprios fundamentos ou alicerces da paz. Da Sé Catedral de Viana do Castelo, na solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, o Prelado sublinhou que a celebração do Dia Mundial da Paz, ao longo destes quarenta anos, tem permitido à Igreja construir uma «elucidativa» doutrina em defesa deste «bem humano fundamental» centrada este ano na “Família Humana, Caminho da Paz”. À luz desta doutrina, D. José Pedreira sustentou que «tudo o que debilita a família», fundada seriamente sobre o compromisso matrimonial de um homem e uma mulher conscientes das suas responsabilidades, «constitui um impedimento objectivo no caminho da paz». Para que tudo não se fique no «campo da contemplação» ou da «poesia das coisas», advertiu para a urgência de «fazer amadurecer nas consciências colectivas e individuais», sobretudo na consciência de cada um e dos que têm responsabilidades a nível global, que «é imprescindível uma colaboração responsável e universal». D. José Pedreira, na homilia de Ano Novo, começou por ressaltar que a humanidade deve viver como uma família de famílias, sendo este mais pequeno reduto o espaço privilegiado onde se dão os primeiros passos e se experimentam as primeiras relações humanas. Aparentemente, até pelas exaustivas repetições, sublinhou o Bispo de Viana, todos ouviram dizer e até acreditam que a família é a célula base e vital das «formas sociais de vida». O grande perigo dos dias de hoje, prosseguiu, é julgarmos saber tudo ou quase sobre esta realidade e não entender nada ou quase nada sobre esta realidade, ou «pior», «fazermos tantas vezes o contrário do que acabamos de dizer». O Bispo Diocesano disse concordar com a necessidade de lutar contra as armas mortíferas, cuidar do equilíbrio sustentável da terra, tornando-a uma casa habitável para toda a humanidade (de ontem, de hoje e de amanhã), contudo, que caminho toma esta sociedade, questionou, se «a família não vive a justiça» e se «a noção de progresso fica indefinida e não tem nome nem contornos de justiça e solidariedade». Pegando nas palavras da mensagem que Bento XVI dirigiu à Igreja, D. José Pedreira convidou todos a tomarem «consciência mais lúcida da sua pertença comum à única família humana» e a empenharem-se numa «convivência sobre a terra» que espelhe a convicção que só com famílias felizes e bem formadas é que a humanidade pode perdoar as afrontas sofridas e caminhar em direcção ao dom da paz

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