JMJ Lisboa 2023: Plano de mobilidade aponta para mais transportes públicos e condicionamentos no espaço aéreo

«Julgo que Portugal demonstrará, mais uma vez, que estaremos à altura de bem receber, acolher» – Ana Catarina Mendes

Lisboa, 14 jul 2023 (Ecclesia) – O Grupo de Projeto para a JMJ 2023 apresentou hoje o Plano de Segurança e Mobilidade e o Plano de Mobilidade e Transportes para a Jornada Mundial da Juventude que aponta para um reforço dos transportes públicos na Área Metropolitana de Lisboa.

Entre os dias 1 a 4 de agosto, os transportes públicos vão ser reforçados em 354 mil lugares (rodoviário +119.000, ferroviário +90.000; Metro e metro de superfície +143.000; modo fluvial + dois mil), e no fim de semana da JMJ Lisboa, dias 5 e 6, um total de mais 780 mil lugares (rodoviário +429.000, ferroviário +170.000, metro e metro de superfície + 154.000, fluvial +27.000).

O Plano de Mobilidade foi apresentado por Isabel Pimenta, da empresa parceira ‘VTM – Consultores em Engenharia e Planeamento’, que projetou um cenário de um milhão de peregrinos, e salientou que “a espinha dorsal da mobilidade será no transporte público”, por isso apostaram numa maximização da oferta, para que quem usa esta rede pudesse continuar.

Isabel Pimenta informou também que, segundo o Plano de Mobilidade para a Jornada Mundial da Juventude, vão encerrar algumas plataformas e estações de metro (nomeadamente Avenida, Marques de Pombal, Parque e Restauradores nos dias 1, 3 e 4), e suprimidas ou reorganizadas algumas linhas da Carris.

O coordenador do Grupo de Projeto para a JMJ, sobre o Plano de Mobilidade, explicou que assenta nos na rede de transportes públicos e na mobilidade a pé dos peregrinos e nos lugares de estacionamento, tudo articulado.

José Sá Fernandes destacou e apresentou os pré-comprados ‘Navegante’, “específicos para a Área Metropolitana de Lisboa”, que vão permitir que os peregrinos tenham “um passe de vários dias”, que vão receber no kit, os voluntários para dias específicos – 16, 9, 8 e 3 dias -, e querem “conjugar” com os elementos da Segurança Pública.

“Vai evitar excedente de filas para a bilhética”, salientou, adiantando também que vão lançar um formulário online no sítio online da JMJ para os operadores de transportes partilharem informações e que necessidades existem de estacionamento de ligeiros.

Para Ana Catarina Mendes o trabalho feito pelo Grupo de Projeto, com a comissão de acompanhamento, que envolveu todas as áreas do Governo, foi realizado “ao longo de 400 dias”, para apresentarem “planos transversais” que abarcam muitas Forças de Segurança, as Forças Armadas, “os vários atores, empresas de transportes”, e têm a ver com o território nacional.

“Julgo que Portugal demonstrará, mais uma vez, que estaremos à altura de bem receber, acolher, e garantir as condições para que todos sintam que Portugal tornou possível esta Jornada Mundial da Juventude, e garantiu que tudo o que estava ao nosso alcance era feito”, acrescentou, afirmando que a JMJ é uma organização da Igreja Católica “mas o Estado não podia ficar demitido”.

“Espero que os mais jovens levem uma rica experiência de partilha de valores, de encontro de diversidade, de culturas, de encontro com outras religiões, e possam afirmar os valores essenciais da humanidade”, disse a ministra-adjunta e dos Assuntos Parlamentares.

A 18 dias de começar a edição internacional da Jornada Mundial da Juventude em Portugal, que decorre de 1 a 6 de agosto, a ministra-adjunta e dos Assuntos Parlamentares deixou uma palavra “de serenidade”.

“Está tudo pronto para percebermos que vamos ter no nosso território, pelo menos durante uma semana, concentrado na Área Metropolitana de Lisboa (AML), e em particular na cidade de Lisboa, 1 milhão a 1 milhão e meio de peregrinos. Isto diz bem da dimensão este evento que nunca foi organizado neste termos em Portugal”, desenvolveu Ana Catarina Mendes, contabilizando que as televisões vão levar este encontro a “500 milhões de telespetadores” no mundo.

O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna apresentou o Plano de Segurança explicando que as “inúmeras” medidas de segurança “foram desenhadas para evento possa ser sucesso”, e que querem “evitar excesso de lotação dos recintos” e, para isso, vão ter “informação em tempo real do número de pessoas” no recinto e noutras zonas de “grande aglomeração”.

Paulo Vizeu Pinheiro explicou que foi publicada hoje a resolução do Conselho de Ministros que “repõe o controlo documental nas fronteiras”, de 22 de julho até 10 de agosto, e que vai ser da responsabilidade do SEF, com apoio da GNR e da PSP, procurando o “equilíbrio máxima segurança com mínimo de perturbação”.

O controlo do espaço aéreo também “assume relevo” e as medidas de controlo e de gestão, “em especial quatro zonas de exclusão aérea em Lisboa e Fátima e constrangimentos em 23 aeródromos”, e vai ser “reforçado o sistema de deteção de drones não autorizados de voo”.

O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna destacou ainda que a segurança e visita do Papa Francisco “justifica preocupações e medidas direcionadas”, e foi preparada com o Corpo da Gendarmaria do Estado da Cidade do Vaticano, em “estrita colaboração” com a PSP.

Paulo Vizeu Pinheiro adianta que vai haver um reforço da segurança “em zonas de lazer, jardins, parques e praias”, estão previstos 16 mil elementos das Forças de Segurança, Proteção Civil, e emergência médica, e, no setor das comunicações, vão “aumentar a resiliência das redes de comunicação emergência” e a rede e exploração de redes móveis “reforçadas nas zonas do recinto e outros locais de aglomeração de pessoas”.

O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna referiu que o Plano de Segurança e Mobilidade e o Plano de Mobilidade e Transportes envolveu 33 entidades e inclui 14 planos setoriais, a pensar em mais de um milhão de peregrinos que podem estar em Lisboa na JMJ Lisboa 2023.

HM/CB/PR

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Agência ECCLESIA

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