Bispo da Guarda reafirma alertas

Espírito de festa recebeu D. Manuel Felício na Prisão da Guarda para uma celebração de Natal A celebração natalícia e o desejo de mostrar proximidade aos reclusos da sua diocese, levou D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, ao Estabelecimento Prisional da cidade, para junto desta população, de reclusos e profissionais, assinalar o Advento. Cantares ciganos de cariz “fortemente cristão” receberam D. Manuel Felício no Estabelecimento Prisional da Guarda. O prelado não estranhou tal acolhimento, pois afirma estar “bastante consciente do bom trabalho que é feito pelo capelão e pelo grupo de voluntários” aquela instituição afirma à Agência ECCLESIA. Os reclusos celebram eucaristia dominical e são visitados pela equipa de voluntários e pelo capelão, desenvolvendo um trabalho de reconhecimento e valorização mútuo. A presença do Bispo da Guarda confirma o trabalho desenvolvido ao longo do ano. Num estabelecimento misto, tanto para homens como para mulheres, D. Manuel Felício destaca a participação na eucaristia e os diálogos que manteve com todos. As situações com que as pessoas se deparam na sua vida “fazem sempre pensar”, afirma o bispo da Guarda, e acrescenta que este tempo de reclusão “pode ser benéfico para um encontro com Deus”. Há muitos “que não perdem o tempo que ali passam”, destaca, enaltecendo quem se forma e se cultiva para “quando sair retomar a sua vida”. Não sendo fácil, “é muito positivo”. Amanhã, dia 21, D. Manuel Felício vista o Estabelecimento Prisional da Covilhã. Problemas reais pedem respostas reais Sobre a mensagem de Natal que D. Manuel Felício escreveu, o Bispo reafirma a necessidade de se assumirem responsabilidades, “cristão e sociedade em geral”. Na mensagem natalícia aos seus diocesanos, o Bispo da Guarda lança alertas sobre o sub aproveitamento de recursos e sobre a falta de responsabilidade dos “os políticos e outros responsáveis pela vida pública” e de cuidado com os “pobres do desenvolvimento”. Os problemas apontados “são muito reais” e foram já reafirmados ao Presidente da República e a alguns membros do governo, numa recente visita à região da Guarda. “Há um déficit de iniciativas que promovam a fixação de pessoas na nossa terra”. Sem esses meios, os prejuízo “será grande”, adverte o Bispo que antevê uma grande concentração junto dos grandes centros urbanos, e a total desertificação do interior. “Se nada for feito em contrário, em 2040 seremos sete milhões, mas a diminuição populacional vai registar-se no interior” e o litoral “perde qualidade de vida”. Estas são “responsabilidades históricas que devemos assumir e se nada fizermos, o futuro vai julgar-nos por isso”. A mensagem do natal “não é teórica ou abstracta”, mas indica ser bastante concreta para “resolver os problemas que temos na nossa vida”. Os problemas que lança na sua mensagem de Natal são “identificados, apoiados por autoridades”, mas ainda não estão definidas medidas para dar resposta. D. Manuel Felício encontra no Quadro de Referência Estratégico Nacional que vigora nos próximos seis anos a oportunidade ideal para não desperdiçar a possibilidade de investir nas populações e nas áreas desertificadas. Notícias relacionadas Mensagem do Presépio de Belém

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