Missas do Parto são expressão de fé viva

Bispo do Funchal presidiu, pela primeira vez, a uma das maiores manifestações da religiosidade popular madeirense A Igreja celebrou ontem o II Domingo do Advento, denominado Domingo da Alegria. E foi com muita alegria que a população da paróquia do Curral das Freiras e muitos visitantes celebraram a primeira Missa do Parto deste ano. D. António Carrilho, que pela primeira vez presidia a uma Missa do Parto, foi recebido com entusiasmo, tendo o pároco saudado o prelado funchalense, referindo que “o Curral das Freiras é um local de acolhimento e onde se fazem grandes festas”. Explicou, depois que como boas-vindas seria oferecido ao senhor Bispo um terço feito em castanhas “porque esta terra é de trabalho mas também de oração. Gostamos da castanha, como alimento mas também tudo fazemos para que a oração Eucaristia esteja sempre presente na nossa vida. A castanha está dentro do ouriço, mas não fica dentro dele: abre-se e sai. Queremos ser sempre como o ouriço, que tem lá dentro muito para dar por isso vamos continuar a ser acolhedores a todos os que nos visitam”. D. António Carrilho agradecendo as palavras do Cónego Fiel de Sousa, sublinhou que tem ouvido muitas referências à alma cristã que envolve todas as celebrações do Natal na Madeira e por isso “a minha expectativa neste primeiro ano, como bispo desta diocese é observar como a nossa gente celebra este tempo de preparação para esta festa e como tal durante a semana terei a oportunidade de percorrer outras paróquias, vivendo com cristãos doutras comunidades a mesma festa, procurando abrir o coração para que Jesus possa estar na vida de cada um”. Na homilia, o bispo do Funchal disse ainda que “se as Missas do Parto são preparação para a Festa, já fazem parte dessa festa”. Recordou que, há dois mil anos, Nossa Senhora deu Jesus ao mundo “mas, hoje, com Ela, a dá-Lo, estamos nós”. Por isso disse ser necessário “colocar Jesus no centro do mundo, gerá-Lo no mundo de hoje, é missão da Igreja, é a nossa missão”, No ofertório, os sítios da Capela e Murteira, por cuja intenção se celebrava aquela Eucaristia realizaram uma das romagens próprias da Noite de Natal, mas que foram antecipadas como homenagem a D. António Carrilho. No final da celebração, falando aos jornalistas presentes, o prelado funchalense referiu que tinha confirmado “que as Missas do Parto estão tão metidas na alma desta gente, que são expressão de uma fé, que é viva, de uma fé que é uma tradição muito grande e, por isso mesmo, é arreigada e profunda”. Depois no adro decorreu um convívio com a participação de um elevado número de pessoas que assim exteriorizavam a sua alegria. Sílvio Mendes

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