Banco Alimentar do Porto disposto a ajudar a abrir armazém em Braga

Campanha da instituição passa pelos hiper’s de Braga e Vila Verde O responsável pelo Banco Alimentar Contra a Fome do Porto disse ao Diário do Minho estar disposto a prestar toda a sua ajuda para que Braga tenha um armazém próprio, que seria o 14.º do país, ou para que a cidade abra um entreposto, tal como aquele que já está implantado, com sucesso, em Setúbal. Vasco António disse ainda que já várias pessoas de Braga o contactaram e manifestaram- lhe o sonho de abrir um armazém na terceira cidade do país mas, realçou, o pedido tem de ser formalmente feito Federação dos Bancos Alimentares. Segundo explicou, é necessário que os bracarenses influentes se movimentem no sentido de montarem o Banco Alimentar Contra a Fome de Braga. «Nós estamos dispostos a dar toda a ajuda necessária, com estágios nas nossas instalações para mostrar como tudo isto funciona. Não vão partir do zero. Aqui, quando estamos a falar do aproveitamento e distribuição de bens, não há concorrência e até poderemos contribuir com produtos », realçou. Ainda segundo o presidente do Banco Alimentar Contra a Fome do Porto, caso Braga não consiga criar o seu próprio armazém, á sempre a possibilidade de montar um entreposto. «Está na nossa mente criar um género de entreposto em Braga, havendo também um pedido de um senhor que nos tem ajudado muito para criar uma estrutura idêntica em Felgueiras. Assim, se Braga não conseguir ter um banco independente pode juntar-se à nossa logística. Seria um género de entreposto como aquele que o Banco Alimentar Contra a Fome de Setúbal montou em Vila Nova de Santo André e que funciona com muito sucesso », acrescentou. Entretanto, está a decorrer este fim-de-semana a campanha nacional de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome, que, em Braga, abrange cinco superfícies comerciais, e uma em Vila Verde, onde se encontram cerca de 300 voluntários a ajudar. O apelo à generosidade das pessoas está a decorrer no Feira Nova, Carrefour, no Pingo Doce junto à Loja do Cidadão, no Modelo e na Makro, em Braga, e no Feira Nova de Vila Verde. A chefe de equipa que está a trabalhar do Carrefour salienta que esta campanha, para além da recolha de alimentos, é também uma forma de dar a conhecer às pessoas o Banco Alimentar Contra a Fome, ou seja, dizer-lhes que esta é uma estrutura que trabalha o ano inteiro e que ajuda diariamente cidadãos carenciados. «Nesta altura é quando temos um contacto mais directo com as pessoas e é quando também recolhemos mais alimentos. Normalmente, no resto do ano, o Banco Alimentar trabalha mais com as empresas que doam os seus excedentes », afirma. Segundo Diana Portelinha, o que as pessoas podem dar nesta campanha que termina hoje são produtos que estão inscritos nos sacos fornecidos à entrada das superfícies comerciais. «Pedimos para contribuir com leite, massas, cereais, salsichas e alguns enlatados, bolachas e alimentos que se podem conservar », disse. Todos estes bens alimentares, como ainda não existe um armazém em Braga, vão ser transportados para o Porto, onde serão separados por categorias, seguindo depois para as instituições que os farão chegar às famílias mais carenciadas. «Tentamos dar um dia-a-dia diferente às famílias porque o Banco Alimentar funciona o ano inteiro. A distribuição é feita quase diariamente às instituições. São feitos cabazes que depois são entregues. O que recolhemos nestas campanhas nem para um mês dá», salienta Diana Portelinha. Em Braga, realça a chefe de equipa, as pessoas são muito generosas e contribuem bastante para as duas campanhas que o Banco Alimentar efectua anualmente, isto é, uma em Maio e outra em Dezembro. Segundo os dados apurados pela estrutura, Braga foi um dos pontos do país que mais contribuiu nas últimas campanhas.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top