Os desafios do acordo de Parceria Económica UE/África

Amanhã, 1 de Dezembro, realizar-se-á no Clube Estefânia, em Lisboa, um colóquio sobre «Acordos de Parceria Económica UE/África: Que desafios? Uma visão africana”, promovida e dinamizado por um conjunto de associações representativas de um espectro alargado da sociedade civil nacional. A próxima Cimeira Europa-África pretende lançar uma nova parceria entre os dois continentes, baseada no diálogo entre iguais e na partilha de valores como os direitos humanos e a democracia. “Mas esta visão é contraditória com o que está neste momento a acontecer, nomeadamente no que diz respeito aos Acordos de Parceria Económica (APE), a celebrar entre a União Europeia e os países de África, Caraíbas e Pacífico (ACP)” – realça um comunicado de imprensa. E acrescenta: “Muitos governos e um número cada vez maior de organizações da sociedade civil (neste caso, também europeias), a que se têm associado parlamentares, levantam questões fundamentais relacionados com a assinatura dos Acordos nos moldes em que foram negociados, com o conteúdo que têm e quanto aos seus impactos na vida das populações destes países”. A União Europeia “não quer ouvir nenhum destes argumentos”. “Só quer assinar os APE, que exigem mais do que as regras actuais da Organização Mundial do Comércio (OMC). É preciso ouvir, conhecer e discutir os impactos destes Acordos para podermos tomar uma posição, porque o que a União Europeia assina é em nosso nome” – finaliza.

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