Dia 29 de Novembro, a Faculdade de Filosofia celebrou o centenário do nascimento do escritor Miguel Torga. Para celebrar o seu nascimento (1907-2007), a instituição realizou um Colóquio de Homenagem ao escritor. Na Aula Magna da Faculdade de Filosofia, e conforme previsto do programa do evento, foram apresentadas comunicações de diversos estudiosos da obra torguiana. Nas apresentações foram muitos os que apelaram para que a pessoa Miguel Torga, assim como a riqueza da sua obra, não fiquem esquecidos, mesmo após o centenário do seu nascimento. A sessão iniciou-se com uma introdução do Director da Faculdade de Filosofia, Alfredo Dinis, afirmando que a Faculdade não podia deixar de dar um gesto simbólico de apreço pela grandeza humana, estética e literária da obra de Miguel Torga. Na bancada estiveram presentes estudiosos da obra de Miguel Torga, provenientes de várias instituições de ensino, como José Cymbron, da Universidade Lusófona e Instituto das Novas Oportunidade, que durante a sua apresentação lançou um apelo que acabou por ser a mensagem principal desta homenagem. “Não podemos deixar que Miguel Torga morra em 2007”, referiu. Na plateia encontravam-se apaixonados pela vida e obra de Miguel Torga. A apresentação do livro Miguel Torga – a Força das Raízes, de Hercília Agarez, teve especial relevância. A autora do livro demonstrou as suas qualidades como leitora fervorosa de Torga, numa apresentação breve mas dinâmica, acompanhada com a recitação, feita pelo actor Fernando Soares, de alguns poemas seus. Foram, também, abordados distintos temas da escrita de Miguel Torga: lugar da obra do autor no ensino e na cultura; aproximação da sua obra poética com a de outros escritores (Eugénio de Andrade, Camões e Fernando Pessoa); as representações do Brasil na sua criação; ou o lugar das tradições culturais na sua escrita. Os estudiosos da obra do criador de “Contos da Montanha” expuseram considerações sobre a variedade dos géneros e das obras do autor, da narrativa ao ensaio, do diário à poesia